terça-feira, 26 de março de 2013

Brasil perde um ícone da Contabilidade Pública - Prof. Lino Martins da Silva.



Faleceu na manhã desta terça-feira (26/03) o ilustre Professor Lino Martins da Silva.

Responsável por inúmeros trabalhos voltados à gestão pública, o Prof. Lino Martins destacou-se pela grandiosa contribuição ao aprimoramento da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, sendo, sem sombra de dúvidas, uma das maiores autoridades no assunto no nosso país na atualidade.
 
O titular deste Blog expressa seu profundo pesar pela perda irreparável ocorrida nesta data e agradece ao grande mestre pelas oportunidades de aprendizado proporcionadas através de suas obras e nos poucos encontros em que tivemos a chance de estarmos juntos, tratando sobre questões relacionadas à gestão governamental.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Último dia da 6ª RTC-AL contou com apresentações da Controladoria Geral da União e Banco Mundial.



O último dia da 6ª Reunião Técnica do Conselho Nacional de Controle Interno em Alagoas (RTC-AL) foi marcado pela participação do secretário de Prevenção da Corrupção e Informações Estratégicas da Controladoria Geral da União (CGU), Sérgio Nogueira Seabra; da diretora de Prevenção e Combate à Corrupção da CGU, Claudia Taya; da agente fiscal do Tesouro do Estado do Rio Grande do Sul e coordenadora de Auditoria Setorial do Estado, Susana Fagundes Garcia; e do coordenador de Gerenciamento Financeiro do Banco Mundial, Joseph Kizito.
 
O Programa Brasil Transparente foi apresentado aos participantes pelo secretário de Prevenção da Corrupção e Informações Estratégicas da Controladoria Geral da União (CGU), Sérgio Nogueira Seabra e pela diretora de Prevenção e Combate à Corrupção da CGU, Claudia Taya.
 
O Brasil Transparente é um programa pelo qual o governo federal oferece apoio aos Estados na implementação da Lei de Acesso à Informação (LAI), agindo diretamente com relação à transparência ativa e implementação dos portais de transparência. “As expectativas que tive após a apresentação são as melhores possíveis. Vários representantes de Estados filiados ao Conaci me procuraram com interesse em aderir ao programa. É uma adesão voluntária, mas a partir dela podemos oferecer capacitação aos servidores”, contou Claudia Taya.
 
Joseph Kizito, coordenador de gerenciamento financeiro do Banco Mundial, fez apresentação sobre a perspectiva do Banco Mundial sobre os controles internos. Ele apresentou aos titulares dos órgãos de controle interno as possibilidades de apoio do Banco Mundial para modernização e fortalecimentos dos órgãos filiados ao Conaci. “O Banco Mundial tem o objetivo de trabalhar para um crescimento econômico mais justo e sustentável. Acreditamos que os órgãos de controle interno têm um grande papel em assegurar que os objetivos do governo sejam alcançados. Gostaríamos também de aprender com o que acontece hoje no Brasil para ajudar a desenvolver as áreas de controle interno em outros países”, disse Kizito.
 
De acordo com a presidente do Conaci, Angela Silvares, a 6ª RTC-AL alcançou os objetivos estabelecidos, superando as expectativas com as deliberações ocorridas durantes a reunião. Entre elas, a aprovação da alteração do estatuto que vem possibilitar o ingresso da União representada pela Controladoria Geral da União (CGU) como membro do Conaci; a ampliação da possibilidade de filiação de todos os municípios-sede das capitais dos Estados; e a evolução do Diagnóstico de Recursos Humanos Estrutura e Funcionamento, feito inicialmente em 2009, reestruturado e apresentado durante a 6ª RTC-AL pelo auditor geral do Estado do Rio de Janeiro, Eugenio Manuel da Silva Machado. O auditor apresentou o diagnóstico que servirá de base para o relatório a ser apresentado na próxima reunião, que vai acontecer em junho deste ano no Espírito Santo.

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Informações para a imprensa:
Assessoria de Comunicação CONACI: Aline Cesconetto - Contato
Produção: Tríade Comunicação | (27) 3225-0099
Texto: Nathalia Lorencini

domingo, 24 de março de 2013

Questão de Concurso Comentada - Analista de Controle Interno SEFAZ-RJ 2012 (Contabilidade Pública).

Por: Prof. Jorge de Carvalho
 


A Secretaria de Estado de Fazenda do Rio de Janeiro está promovendo mais um concurso público para provimento de vagas de Analista de Controle Interno do seu quadro permanente de servidores. A primeira etapa foi realizada em fevereiro, envolvendo conhecimentos gerais. A segunda e última etapa ocorrerá em 14 de abril e serão exigidos conhecimentos específicos dos candidatos. Uma das disciplinas cobradas nesta segunda etapa será Contabilidade Aplicada ao Setor Público.
 
A priori o titular deste blog acredita que a prova de Contabilidade Aplicada ao Setor Público da CEPERJ (organizadora do concurso da SEFAZ-RJ) deverá seguir um estilo próximo à do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro do último ano, na qual foram exigidos basicamente conhecimentos teóricos constantes do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, elaborado pela Secretaria do Tesouro Nacional. As questões foram mais conceituais, quase não houve exercícios envolvendo cálculos.
 
Não obstante, procurando auxiliar os candidatos que concorrerão neste concurso da SEFAZ-RJ e que poderão se tornar nossos colegas de trabalho na Contadoria e Auditoria Geral do Estado, apresentaremos a resolução de algumas questões de concursos da disciplina Contabilidade Aplicada ao Setor Público, para discussões e estudo.
 
Começaremos pela questão129 do último concurso realizado para Analista de Controle Interno da SEFAZ-RJ, ocorrido no ano de 2012 e organizado pela própria CEPERJ:
 
QUESTÃO
 
Um determinado estado da federação, no exercício de 2011, realizou as seguintes operações, que foram registradas na contabilidade (valores em reais):
 
Arrecadação de receitas tributárias...........................................40.000
Doação de bens móveis a entidade filantrópica........................4.000
Operações de crédito internas...................................................16.000
Pagamento de pessoal e encargos.............................................20.000
Aquisição de bens móveis.........................................................10.000
Amortização de empréstimos concedidos.................................4.000
Construção de escola.................................................................20.000
Pagamento de outras despesas correntes...................................5.000
Apropriação da depreciação de bens móveis e imóveis............2.000
Empenho, liquidação e pagamento de serviços de terceiros.....7.000
Baixa do almoxarifado de material para consumo....................3.000
Venda de bens móveis pelo valor líquido contábil....................6.000
Receitas de aluguéis...................................................................2.000
Pagamento de juros e encargos de empréstimos concedidos.....4.000
Recebimento da dívida ativa......................................................2.000
Pagamento de restos a pagar inscritos em 2010........................5.000
Cancelamento de restos a pagar não processados......................3.000
 
Informação complementar: o referido ente, no início do exercício financeiro de 2011, conforme é facultado pela legislação, optou em adotar as normas vigentes aplicadas ao setor público.
 
129. No exercício financeiro de 2011 o montante arrecadado referente às receitas efetivas foi igual a:
 
A) R$ 44.000
B) R$ 70.200
C) R$ 68.200
D) R$ 52.200
E) R$ 42.000
 
RESPOSTA:
 
De início, é preciso efetuar duas análises acerca da questão em estudo:
 
1. Foi informado no preâmbulo da questão que o ente público optou por adotar as normas vigentes aplicadas ao setor público no início do exercício financeiro no qual ocorreram as operações descritas. Ou seja, infere-se que os registros contábeis ocorrerão de acordo com os novos padrões decorrentes do processo de convergência às normas internacionais. Esta abordagem é fundamental à análise da questão em virtude das alterações de procedimentos decorrentes do processo de convergência.
 
2. A questão envolve o conceito de receitas efetivas. Segundo o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público da STN (Parte Procedimentos Orçamentários), a receita efetiva é aquela que, no momento do reconhecimento do crédito, aumenta a situação líquida patrimonial da entidade. Portanto, para resolução da questão interessarão apenas os fatos modificativos que provoquem aumento na situação patrimonial líquida do ente público, ou seja, as Variações Patrimoniais Aumentativas.
 
Feitos os comentários iniciais, passaremos à resolução da questão. Vamos analisar cada um dos fatos elencados:
 
Arrecadação de receitas tributárias............................................40.000
 
A arrecadação de receitas tributárias será considerada como uma receita efetiva se não houver ocorrido de forma prévia o registro do crédito a receber pelo lançamento do tributo. Ou seja, a arrecadação se dá concomitantemente à ocorrência do fato gerador. Na questão foi considerado que este fato representou uma receita efetiva, portanto, será utilizado para o cálculo da resposta. Há de se ressaltar que poderiam ser apresentados recursos pelos candidatos, uma vez que, nem sempre a arrecadação de uma receita tributária será considerada como receita efetiva e, portanto, VPA-Variação Patrimonial Aumentativa. Por exemplo, se uma Prefeitura houvesse reconhecido o crédito tributário a receber referente ao IPTU no início do exercício financeiro, a arrecadação do referido tributo representaria mero fato permutativo. É preciso lembrar que a receita segue quatro estágios: previsão, lançamento, arrecadação e recolhimento. O lançamento antecede a arrecadação.
 
Doação de bens móveis a entidade filantrópica.........................4.000
 
Este fato representa uma Variação Patrimonial Diminutiva, pois há uma baixa de Ativo (bens móveis) em contrapartida a uma despesa contábil (VPD). Portanto, não será utilizado para cálculo da resposta, já que não constitui receita.
 
Operações de crédito internas.................................................16.000
 
Este fato representa uma receita não-efetiva. O ingresso dos recursos decorrentes de operação de crédito tem como contrapartida a criação de uma obrigação no passivo, em decorrência da assunção de compromisso em devolvê-los futuramente. Portanto, representa fato permutativo e não será utilizado para cálculo da resposta.
 
Pagamento de pessoal e encargos..........................................20.000

O pagamento de pessoal e encargos, caso ocorra simultâneamente ao reconhecimento da obrigação patrimonial, representará uma VPD-Variação Patrimonial Diminutiva, não havendo que se falar em receita. Portanto, não será utilizado para cálculo da resposta.

Aquisição de bens móveis......................................................10.000

A aquisição de bens móveis constitui fato permutativo. Ocorre o débito de Ativo (bens móveis) e crédito de outro Ativo (Bancos/Caixa), pelo pagamento da compra realizada. Não será utilizado para cálculo da resposta.

Amortização de empréstimos concedidos...............................4.000

Este fato também representa fato permutativo. Ocorre um débito de banco, pela entrada dos recursos e um crédito de direitos a receber, em decorrência da extinção do ativo pelo recebimento. Não se trata de receita contábil, portanto não será utilizado para cálculo da resposta.

Construção de escola.............................................................20.000

Trata-se de fato permutativo, onde ocorre um débito de Ativo (bens imóveis) e um crédito de Ativo pelo pagamento das obrigações contraídas para construção (bancos), ou o crédito de passivo, pela consituição da obrigação junto a terceiros (fornecedores a pagar). Portanto não se trata de receita e não será utilizado para cálculo da resposta.

Pagamento de outras despesas correntes................................5.000

Obedece a mesma lógica do pagamento de pessoal e encargos, portanto não será utilizado para cálculo da resposta.

Apropriação da depreciação de bens móveis e imóveis.......2.000

Este fato constitui Variação Patrimonial Diminutiva (despesa sob a ótica contábil), não havendo que se falar em receita. Portanto, não será utilizado para cálculo da resposta.

Empenho, liquidação e pagamento de serviços de terceiros...7.000

Neste fato estão representadas as três fases da execução da despesa orçamentária. Portanto, não será utilizado para cálculo da resposta.

Baixa do almoxarifado de material para consumo..............3.000

A baixa de material em almoxarifado para consumo representa Variação Patrimonial Diminutiva, ou seja, despesa sob a ótica contábil. Portanto, não será utilizado para cálculo da resposta.

Venda de bens móveis pelo valor líquido contábil.............6.000

A alienação de bens móveis representa fato permutativo. Ocorre o débito de Ativo pela entrada de recursos (Banco/Caixa) e o crédito de Ativo pela baixa de bens móveis. Caso houvesse ganho na alienação de bens, ocorreria uma receita efetiva, mas na questão, é dito que a venda se deu pelo valor líquido contábil. Portanto, este fato não será utilizado para cálculo da resposta.

Receitas de aluguéis...........................................................2.000

A receita de aluguel representa uma Variação Patrimonial Aumentativa, devendo ser reconhecida patrimonialmente no momento da ocorrência do fato gerador. Constitui, portanto, uma receita efetiva e deverá ser utilizada para cálculo da resposta.

Pagamento de juros e encargos de empréstimos concedidos...4.000

Obedece a mesma lógica do pagamento de pessoal e encargos e de outras despesas correntes, portanto, não será utilizado para cálculo da resposta.

Recebimento da dívida ativa....................................................2.000

O recebimento da dívida ativa constitui fato permutativo. Ocorre um débito de Ativo (Banco/Caixa) e um crédito de outro Ativo (Direito a Receber). Portanto trata-se de receita não-efetiva e não será utilizado para cálculo da questão.

Pagamento de restos a pagar inscritos em 2010.....................5.000

Este item representa fato permutativo, havendo um débito de passivo (Fornecedores a Pagar Inscritos em RP) e um crédito de Ativo (Banco/Caixa). Não será utilizado para cálculo da resposta.

Cancelamento de restos a pagar não processados..................3.000

O cancelamento de restos a pagar não processados, de acordo com a nova sistemática definida no MCASP, representa mero registro orçamentário, uma vez que não ocorreu o reconhecimento do passivo patrimonial, por não ter havido a efetiva prestação de serviço ou entrega de mercadoria. Portanto, não representa receita, tampouco receita efetiva. Caso se tratasse de cancelamento de restos a pagar processados, então teríamos uma receita efetiva. Na hipótese de cancelamento de RPNP, não consideraremos o fato para cálculo da resposta.

Analisando pontualmente cada fato apresentado, verificamos que apenas dois constituem receita efetiva:

Arrecadação de receitas tributárias......................................40.000

Receitas de aluguéis.............................................................2.000

A resposta, portanto, é 40.000 + 2.000 = R$ 42.000 - LETRA "E".
 

sexta-feira, 22 de março de 2013

Governo Federal realiza encontros com novos prefeitos nos estados.

O ciclo de encontros percorrerá todo o país para orientar os novos gestores sobre as políticas federais voltadas para os município.


O Governo Federal, por meio da Secretaria de Relações Institucionais, realizará uma série de eventos em todos os estados para orientar os novos prefeitos sobre as políticas públicas federais direcionadas aos municípios.

Os Encontros Estaduais com Novos Prefeitos e Prefeitas serão realizados em parceria com os governos estaduais e as entidades municipalistas. O objetivo é auxiliar os gestores na execução dos programas e apresentar oportunidades de financiamento para os projetos locais.


A primeira edição ocorrerá em Aracaju, capital de Sergipe, no próximo dia 26 de março (terça-feira).

A última será realizada em julho, em local a ser definido.

Segundo a Ministra-Chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, as atividades darão continuidade ao apoio oferecido aos governos municipais durante o Encontro Nacional com Novos Prefeitos e Prefeitas, realizado em janeiro.

“Agora é a vez de o Governo Federal ir até os estados para intensificar as capacitações dos gestores públicos, neste primeiro ano de mandato. Tenho certeza que o resultado dessa parceria entre Governo Federal e municípios será fundamental para qualificar a gestão pública e aumentar o repasse de verbas federais às cidades. Desta forma, vamos avançar na direção de um Brasil desenvolvido, que garanta os direitos de todos os brasileiros”, disse a ministra.

Programação

A programação abordará os programas federais nas áreas de saúde, educação, social, infraestrutura, saneamento básico, habitação e políticas públicas voltadas à modernização da gestão pública. Em cada estado, haverá uma programação diferenciada, alinhada às necessidades regionais. Além disso, haverá oficinas de capacitações técnica e salas de atendimento individualizado a cada município sobre como acessar os programas federais.

Fonte: Secretaria de Relações Institucionais – SRI / PR – 22/03/2013.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Contadoria Geral do Estado do RJ adota o Plano de Contas Aplicado ao Setor Público.

Rio de Janeiro é pioneiro na implantação do PCASP no SIAFEM

 
A Contadoria-Geral do Estado (CGE), órgão central do subsistema de contabilidade do controle interno do poder executivo do Estado do Rio de Janeiro, iniciou o exercício de 2013 com a implantação do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP), avançando assim no processo de convergência às normas internacionais, em atendimento ao Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP), elaborado pela Secretaria do Tesouro Nacional - STN. O PCASP se encontra em condições de produção sistêmica de lançamentos contábeis, integração de cadastros e tabelas de eventos, com objetivo de proporcionar maior praticidade para os usuários, com adequação rápida em relação aos registros e demais rotinas que eram utilizados.

O atingimento dessa meta foi uma conquista dos técnicos da CGE, do Grupo de Trabalho de Procedimentos Contábeis (GTCON/RJ) e da Assessoria de Tecnologia de Informação da Secretaria de Estado de Fazenda, que colocaram o Estado do Rio de Janeiro na vanguarda, sendo o primeiro Ente da Federação que utiliza o Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e Municípios – SIAFEM, a implantar o novo Plano de Contas, fornecendo uma ferramenta que permitirá a consolidação dos resultados contábeis, de forma unificada, consistente, atrelada aos dispositivos legais vigentes e alinhada aos padrões internacionais de contabilidade do setor público.

Além de trabalhar intensamente na elaboração da Prestação de Contas de Gestão do Governador e no Balanço Geral do Estado do Rio de Janeiro, a CGE está trabalhando paralelamente no processo de adoção das novas normas contábeis, fazendo parte da Prestação de Contas deste ano relatório versando sobre as atividades realizadas em 2012 com objetivo de atingir a implantação das novas regras, em atendimento ao Cronograma de Ações enviado ao Tribunal de Contas do Estado (TCE/RJ).

Além de implantar o novo Plano de Contas, e realizar estudos sobre os temas envolvidos no processo de convergência, a CGE implantou os novos procedimentos específicos referentes à contabilização do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Para o ano de 2013, está no planejamento da CGE avançar nos projetos de controle de bens patrimoniais, controle contábil do planejamento, contabilização das receitas pelo regime de competência e criação, implantação do sistema de custos e no treinamento sobre a nova contabilidade pública, dirigido aos servidores da administração direta e indireta do Estado.

O Contador Geral do Estado, Francisco Pereira Iglesias, destaca que a mudança não atinge somente a contabilidade, mas toda a gestão pública. “O Estado do Rio de Janeiro, através da Contadoria-Geral, vem trabalhando intensamente neste processo, tendo sempre a visão de que este não é um trabalho apenas dos setores contábeis: é quase uma mudança na rotina de trabalho, que atingirá a rotina de todos os órgãos, e precisa ser uma prioridade administrativa para o governo.”

Fonte: Secretaria de Estado de Fazenda do Rio de Janeiro

terça-feira, 19 de março de 2013

A visão da SCGE pela Associação dos Servidores de Controle Interno do Estado de Pernambuco.

 
A atividade de controle interno vem cada vez mais chamando a atenção dos meios de comunicação. Com o intuito de esclarecer à sociedade o que é a Secretaria da Controladoria Geral de Pernambuco – SCGE, a Associação dos Analistas de Controle Interno de Pernambuco – ASCIPE descreve um pequeno quadro sobre a situação do órgão.

Competências e Atribuições:

A Secretaria da Controladoria Geral do Estado - SCGE é o órgão central do sistema de controle interno do poder executivo estadual. Sua importância está demonstrada na própria Constituição Federal de 1988, presente em seu art. 74, onde sua finalidade, dentre outras, é a de comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado.

No âmbito estadual, a Lei Complementar nº 119/2008 disciplina a carreira de Analista de Controle Interno – ACI, carreira esta de Estado, que deve ser ocupada por servidores públicos concursados efetivos. As atribuições dos Analistas de Controle Interno já foram listadas no próprio Blog da ASCIPE no link http://ascipe.blogspot.com.br/2012/02/atribuicoes-dos-ocupantes-da-carreira.html.

Para desempenhar com êxito as competências descritas no link citado anteriormente, os ACIs estão lotados em cinco órgãos finalísticos, baseado no Decreto nº 36.346/2011, abaixo relacionados:

A Gerência de Informações Estratégicas – GIES coordena a produção de informações e projeções referentes ao comportamento das receitas e dos gastos públicos, visando subsidiar o Núcleo de Gestão para tomada de decisão pelo titular do Poder Executivo; promover o controle social e a transparência da gestão pública; acompanhar a gestão orçamentária e financeira das ações de governo.

A Gerência de Gestão dos Gastos Públicos - GGGP coordena o acompanhamento e avaliação da evolução das despesas da Administração Pública Estadual; coordenar a realização de estudos e pesquisas para subsidiar as revisões de orçamento e programação financeira e identificar oportunidades de economia; propor medidas ensejadoras da utilização racional e eficiente dos recursos públicos dos órgãos e entidades do Poder Executivo.

A Gerência de Auditoria, Prestação e Tomada de Contas - GAPC coordena a fiscalização da aplicação de recursos públicos estaduais por órgãos e entidades de direito público ou privado ou por pessoas físicas; avaliar os resultados da ação governamental e da gestão dos administradores públicos, através da realização de auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial; coordenar a análise das prestações de contas da despesa orçamentária do Poder Executivo Estadual e das prestações de contas referentes ao Fundo de Incentivo à Cultura. FUNCULTURA; coordenar a análise dos processos de tomada de contas especial instaurados no âmbito do Poder Executivo Estadual;

A Gerência de Orientação, Normas e Procedimentos - GONP coordena o apoio e orientação à gestão orçamentária, financeira e patrimonial do Poder Executivo Estadual; assessorar os demais órgãos integrantes da Secretaria no desenvolvimento das atividades pertinentes às suas atribuições, no acompanhamento das alterações da legislação Estadual e Federal uma permanente atualização dos procedimentos operacionais e padronização das atividades de Controle Interno; coordenar o acompanhamento da regularidade jurídica, fiscal e administrativa dos órgãos e entidades da Administração Pública Estadual.

Já a Gerência das Setoriais de Controle Interno - GSCI coordena, acompanha e orienta as atividades de Controle Interno no âmbito de atuação dos Núcleos Setoriais de Controle Interno.

Quadro de Pessoal:

Além de criar os órgãos citados no tópico acima, a SCGE também estruturou seu quadro de pessoal que hoje se encontra com o quantitativo de 122 servidores, dentre os quais 77 são Analistas de Controle Interno. Estes são responsáveis pela realização das atividades fim (atividades de controle interno) da SCGE e foram aprovados através de 2 concursos públicos. Além destes, também trabalham na área fim 4 servidores temporários e 5 Auditores do Tesouro Estadual (cedidos pela SEFAZ-PE).

Impende registrar que a maior parte dos cargos comissionados na área fim (Chefias e Gerências) está sendo ocupada pelos servidores de carreira por seleção interna. Neste sentido, a SCGE tem mérito em desenvolver servidores de carreira de Estado que ratifica a qualificação profissional dos ACI’s. Este posicionamento está alinhado com o desenvolvimento de um sistema de Controle Interno diferenciado, sempre no intuito de atender a sociedade Pernambucana. É um desafio constante para os integrantes da ASCIPE se manter proativo na intenção de ser uma Associação forte e respeitada no cenário do governo de PE.

Vale destacar que o quantitativo total estipulado por lei para o quadro de Analistas de Controle Interno é de 180 servidores. Com a realização dos dois primeiros concursos, foram convocados para participar do curso de formação apenas 130 candidatos (total de aprovados na primeira fase dos dois concursos) e somente 99 tomaram posse. Devido a grande evasão que o órgão sofre, atualmente existem apenas 77 analistas em exercício, com tendência para até o término deste semestre ocorrer uma redução de, no mínimo, 7 Analistas de Controle Interno. Hoje, há apenas 42% do quadro e a tendência é de redução se nada for feito.

Retorno do Investimento em Controle Interno

Mesmo com o quantitativo reduzido de ACIs, a SCGE apresenta um resultado bastante expressivo quando se considera o valor gasto no funcionamento do órgão. Em 2012, segundo o Portal da Transparência, foram liquidados (gastos) R$ 13 milhões com a SCGE, destes, R$ 10 milhões foram gastos com a folha de pessoal de todos os servidores da Controladoria, tanto os da área administrativa como da área finalística. Recentemente a Gestão da SCGE divulgou que somente em 2012, os trabalhos de racionalização de gastos aplicados pela Controladoria geraram economia de cerca de R$ 200 milhões.

Além desse retorno financeiro, a SCGE também traz outros benefícios para a sociedade, como por exemplo, o de orientar e fiscalizar os órgãos da administração Pública visando à qualidade, transparência, eficiência, e, sobretudo, a probidade administrativa.

Por fim, a ASCIPE entende que a atividade de controle interno é de primordial importância para a moralização e organização do serviço público. Compreendemos necessária a participação da sociedade civil nos debates sobre o controle interno e também sua contribuição utilizando os meios disponíveis, como o Portal da Transparência, e os direitos da Lei de Acesso à Informação para questionar e ajudar o controle interno através do controle social. Entendemos também que tivemos avanços nestes primeiros anos de Controladoria Geral do Estado, porém estamos ainda muito longe do ideal e para que isso venha a acontecer precisamos funcionar em sua plenitude, tanto no aspecto de estrutura organizacional, como também na política de pessoal.

Este é o desejo da Associação dos Servidores de Controle Interno: uma sociedade integrada à Gestão, com efetividade no serviço público prestado.

Fonte: ASCIPE

Consórcios intermunicipais podem viabilizar saneamento em cidades pequenas.


A criação de consórcios intermunicipais foi apontada ontem (19), no 4º Seminário Internacional de Engenharia em Saúde Pública, como um dos principais procedimentos para viabilizar serviços de saneamento básico e coleta de lixo em municípios com menos de 20 mil habitantes.

Segundo o presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Gilson Carvalho, há um “exemplo muito positivo do consórcio sediado em Maringá, que tem um centro de referência com laboratórios e faz o trabalho de análise de água. Aprovamos outro na zona da mata mineira. Esse é um caminho principalmente para municípios com menos de 20 mil habitantes, que não possuem equipes técnicas para cumprirem todas as exigências e controles de qualidade", disse Gilson Carvalho.

A cooperação entre cidades vizinhas é ainda mais importante na coleta e destinação do lixo, que se tornará um desafio para os pequenos municípios com o fim dos lixões, que deverá acontecer obrigatoriamente até 2014. "Um aterro sanitário, se for operado com um pequeno volume de resíduos, é inviável economicamente", afirmou o presidente da Funasa.

A experiência de consórcios foi apresentada pelo professor Joaquim Poça Martins, da Universidade do Porto, Portugal, país que adotou a solução para viabilizar a chegada do saneamento no interior e em áreas rurais. Como resultado, Portugal tem hoje 90% do esgoto tratado, e 97,9% das casas recebem água potável.

Joaquim chama atenção para a necessidade de criar sistemas que sejam capazes de se manter saudáveis após a universalização do serviço: "Em Portugal, a universalização ocorreu bem, mas a sustentabilidade, nem tanto", conta o professor. Para ele, o desafio é a manutenção de tarifas acessíveis à população.

Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, 18 de março de 2013

Secretários de Fazenda discutirão MP que cria fundos para combater guerra fiscal.


A Comissão Mista que analisa a Medida Provisória que visa a combater a guerra fiscal (MP 599/12) ouve nesta quarta-feira (20) secretários de Fazenda de cinco estados brasileiros, entre estados produtores e estados não produtores. Foram convidados para o debate os secretários de Fazenda da Bahia, Luiz Alberto Bastos Petitinga; de Góias, Simão Cirineu Dias; de Santa Catarina, Antonio Gavazoni; do Pará, José Fostes Neto; e de São Paulo, Andrea Calabi.

A MP que inicia a reforma do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pelo combate à guerra fiscal por meio da criação de um fundo de compensação para os estados chamados “não produtores”. Chama-se guerra fiscal a prática das unidades federativas que exportam poucos produtos de reduzir as alíquotas do ICMS para atrair investimentos. O argumento desses estados, chamados “não produtores” é o de que eles arrecadam historicamente muito menos ICMS do que os estados produtores.

A MP reduz gradualmente a alíquota do ICMS, nas transações interestaduais, até chegar a 4%. O tempo para alcançar esse índice varia de acordo com a região. Para compensar possíveis perdas de estados e munícipios, o Executivo institui o pagamento de auxílio financeiro a esses entes federados na proporção das perdas verificadas. O auxílio será limitado a R$ 8 bilhões anuais. Caso haja perdas maiores que esse limite, o dinheiro será distribuído proporcionalmente aos prejuízos observados.

Transferência obrigatória

Segundo o texto, o auxílio financeiro terá caráter de transferência obrigatória, devida pelo período de 20 anos. Os pagamentos serão realizados em 12 parcelas iguais, até o último dia útil de cada mês. Dívidas de estados ou municípios com a União serão descontadas das transferências. Os estados receberão 75% do montante de perdas apurado, enquanto os demais 25% serão entregues diretamente aos municípios.

Caberá à Receita Federal apurar as possíveis perdas com a redução do ICMS até o mês de julho de cada ano, com base nas notas fiscais eletrônicas emitidas no exercício anterior. O pagamento, no entanto, será referente ao segundo ano anterior à compensação, e os valores serão corrigidos com base na variação média do Produto Interno Bruto (PIB) do quadriênio imediatamente anterior ao exercício em que se fizer a apuração dos valores.

Novas alíquotas

Para que essas medidas entrem em vigor, entretanto, primeiramente o Senado terá de aprovar resolução com as novas alíquotas interestaduais do ICMS. Para as operações e prestações realizadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e no Espírito Santo, destinadas às regiões Sul e Sudeste, o imposto deverá ser reduzido em 1 ponto porcentual por ano ao longo de 12 anos – começa com 11% em 2014 e chega a 4% em 2025.

Nas transações iniciadas nas regiões Sul e Sudeste com destino às regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e também para o Espírito Santo, o ICMS deverá chegar a 4% em três anos, já em 2016. Em 2014, será de 6%.

Para as demais operações e prestações, as alíquotas serão de 9% em 2014, 6% em 2015 e 4% em 2016. Produtos da Zona Franca de Manaus e gás natural permanecem com a atual cobrança de 12% do imposto estadual.

Fundo de desenvolvimento

A medida provisória também institui o Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR), com a finalidade de financiar projetos de investimento e desenvolvimento produtivo. Entre 2014 e 2033, a União prevê destinar ao fundo R$ 222 bilhões, corrigidos pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). Além disso, irá destinar outros R$ 74 bilhões diretamente a estados e municípios pelo mesmo período, com o mesmo objetivo.

De acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a criação do fundo é fundamental para a reforma do ICMS e tem por objetivo substituir a guerra fiscal. Para integrar os projetos dos estados e avaliar os resultados das ações, a MP também cria o Conselho Gestor do FDR. O órgão será vinculado diretamente ao Ministério da Fazenda.

Trancamento de pauta

A partir de 21 de março, a MP passará a trancar a pauta da Casa (Câmara ou Senado) onde estiver tramitando. A audiência pública será realizada às 10 horas no Plenário 6 da Ala Senador Nilo Coelho, no Senado.

Fonte: Agência Câmara – 18/03/2013

sexta-feira, 15 de março de 2013

Chega ao fim a capacitação em Contabilidade Governamental realizada em Petrópolis.



Foi concluído nesta sexta-feira (15/03) o curso "O Processo de Transição das NBC T do Setor Público", realizado no Município de Petrópolis, sob a organização do Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Rio de Janeiro em parceria com a Prefeitura local.

Na oportunidade foram abordados os principais aspectos relacionados aos procedimentos orçamentários, patrimoniais, plano de contas aplicado ao setor público e demonstrações contábeis, sobretudo quanto às inovações decorrentes do processo de convergência às normas internacionais elaboradas pelo IFAC (IPSAS).

O curso foi marcado pela ampla participação dos presentes, que contribuiram significativamente para o enriquecimento da capacitação, trazendo as suas experiências práticas obtidas no ambiente de trabalho para a sala de aula.

O titular deste blog agradece sinceramente a todos os participantes, pelos dois dias extremamente proveitosos, com troca recíproca de conhecimentos. Certamente estaremos juntos novamente em breve, para debater as questões relacionadas à contabilidade aplicada ao setor público.

Participantes da capacitação:

- Adilson Ferreira / Eduardo Belford / Rafael Lemos / Paulo Vianna / Raquel Garcia / Simone Shaefer / Alexandre Silva / Alexandre Pimentel / Miriam Branco (Prefeitura Municipal de São José do Vale do Rio Preto) / Plínio Coelho / Aline Hoelz / Jorge Paes / Júlio Bizzo / Jaqueline Pereira / Michele Ghenre / Cláudia Andrade / Marcela Rocha / Fernando Funchal / Paulo Telles.

quinta-feira, 14 de março de 2013

STF conclui análise de ADIs sobre precatórios.

 
Por maioria de votos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal julgou parcialmente procedentes as Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) 4357 e 4425. Com a decisão tomada na sessão desta quinta-feira (14), a Corte julgou inconstitucional o regime especial de pagamento de precatórios previsto pela Emenda Constitucional (EC) 62/2009.
 
A maioria dos ministros seguiu o voto do relator da matéria, ministro Ayres Britto (aposentado), proferido em 2011. A análise da matéria foi retomada na semana passada com a apresentação do voto-vista do ministro Luiz Fux, que seguiu o voto do relator.
 
Com esta decisão o pagamento dos precatórios pelos Estados e Municípios não poderá mais ocorrer de forma parcelada, afetando significativamente a programação orçamentária destes entes públicos.

Fonte: Supremo Tribunal Federal (com adaptações)

quarta-feira, 13 de março de 2013

Prof. Jorge de Carvalho ministrará curso em Petrópolis nesta quinta e sexta-feira.


O Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Rio de Janeiro realizará mais uma edição do curso "O Processo de Transição das NBC T do Setor Público", desta vez no município de Petrópolis, região serrana do estado fluminense.
 
O curso tem como objetivo disseminar as inovações introduzidas na Contabilidade Aplicada ao Setor Público em decorrência do processo de convergência aos padrões internacionais, conforme as normas editadas pelo IFAC, conhecidas como IPSAS.
 
Participarão da capacitação, além dos servidores de diversas secretarias do município de Petrópolis, técnicos que atuam no setor de contabilidade da Prefeitura Municipal de São José do Vale do Rio Preto.
 
O titular deste blog será o facilitador do curso, agradecendo desde já ao CRC-RJ e à Prefeitura de Petrópolis pela oportunidade de discutir as questões relacionadas à Contabilidade Governamental junto aos profissionais que militam na área.

terça-feira, 12 de março de 2013

FNDE prorroga prazo para envio de prestações de contas.


O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) prorrogou o prazo para envio da prestação de contas de três programas de sua competência: Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (PNATE) e Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). Municípios, estados e o Distrito Federal têm até o dia 30 de abril para encaminhar os dados referentes aos anos de 2011 e 2012 pelo Sistema de Gestão de Prestação de Contas (SIGPC), também conhecido como Contas Online, disponível no portal eletrônico do FNDE (www.fnde.gov.br).
 
Quem não cumprir o prazo pode ficar sem os recursos desses três programas enquanto não regularizar a situação. “O prazo foi alterado para que nenhum ente federativo seja prejudicado, já que se trata de uma nova sistemática de apresentação das prestações de contas, por meio eletrônico”, afirmou Rafael Torino, diretor de Ações Educacionais do FNDE.


No caso dos programas de alimentação e transporte escolar, as contas dos municípios são analisadas inicialmente por conselheiros de controle social. Eles terão até o dia 14 de junho de 2013 para enviarem ao órgão seus pareceres, aprovando ou não as contas, pelo Sistema de Gestão de Conselhos (Sigecon). Já as contas do PDDE são encaminhadas diretamente ao FNDE.

Os novos prefeitos que ainda não têm senha do SIGPC devem entrar em contato com a Central de Atendimento pelo telefone 0800-616161. Também estão disponíveis no portal eletrônico do FNDE (www.fnde.gov.br) guias de orientações para auxiliar os gestores estaduais e municipais no preenchimento da prestação de contas.

Fonte: FNDE

segunda-feira, 11 de março de 2013

Pacto federativo facilitará ações entre Governo Federal, Estados e Municípios.


Assinatura foi feita hoje pela ministra do Planejamento, ao abrir a 1ª Jornada Internacional de Gestão Pública


fotos: Ilkens Souza / Divulgação

Brasília, 11/03/2013 - O governo federal assinou nesta segunda-feira (11) um pacto federativo para desenvolver uma agenda comum de gestão pública. O acordo estabelece diretrizes e prioridades de investimentos públicos nas áreas de planejamento e orçamento, tecnologia da informação, compras governamentais, gestão de pessoas e das organizações, patrimônio público e atendimento ao cidadão.

O pacto foi assinado pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior, pela ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Ideli Salvatti, pelo presidente Conselho Nacional de Secretários de Estado da Administração (Consad), Eduardo Diogo, e pelo presidente do Conselho de Secretários Estaduais de Planejamento (Coseplan), Gustavo Nogueira, durante a solenidade de abertura da 1ª Jornada Internacional de Gestão Pública, que vai até a próxima quarta-feira (13), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.

Pela proposta, o governo federal, os estados e os municípios, juntamente com a SRI, se comprometem a desenvolver uma agenda comum em favor da gestão pública.

Em sua palestra na abertura do encontro, Miriam Belchior destacou a necessidade de mudar o perfil da gestão pública, pois o Brasil mudou: "Novos paradigmas exigiram não a reinvenção da roda, mas fazê-la girar a favor da cidadania. Atender o cidadão, para nós, é a razão de ser da gestão pública".

A agenda contempla também o fortalecimento da gestão municipal. "Esperamos, a partir dessa iniciativa, criar espaços de debate e de geração de soluções comuns e integradas que fortaleçam nossa capacidade de governança e nos possibilite responder, com maior qualidade e eficiência, às demandas sociais e do setor privado brasileiro", afirmou a ministra.

A ministra também ressaltou que, para alavancar o crescimento sustentado de forma inclusiva para todos os brasileiros, foi preciso reaprender a planejar e a executar com a utilização de uma nova cultura organizacional, com novas práticas de gestão. "Trabalhamos com a cultura do planejamento e da melhoria contínua de processos, articulando uma rede intersetorial de monitoramento e de avaliação com grande envolvimento e qualificação de servidores", afirmou.

Como exemplos de êxito reconhecidos, nacional e internacionalmente, que trabalham com essa nova visão na gestão, Miriam Belchior citou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Plano Brasil Sem Miséria, o Plano de Prevenção e Combate ao Desmatamento na Amazônia e as mudanças na Previdência Social.

Segundo ela, a melhoria na gestão pública é uma revolução silenciosa que está em curso no Brasil. "Não se trata de fazer apologia de sucessos que, em muitos casos, são ainda trajetórias em andamento. Mas confio que estamos seguindo um caminho sustentável, o de compartilhar a boa gestão financeira com a ampliação e a melhoria dos serviços prestados ao cidadão", completou.

Jornada Internacional


A 1ª Jornada Internacional de Gestão Pública, organizada pelo Ministério do Planejamento, tem como objetivo principal debater as conquistas e os desafios da gestão pública, apontando tendências e diretrizes para o futuro, através do intercâmbio de experiências e concepções existentes nos cenários mundial e nacional.

O encontro conta com a presença de especialistas nacionais e internacionais que de hoje até quarta-feira, debaterão temas como melhoria do atendimento ao cidadão, gestão da força de trabalho, coordenação e cooperação governamental e eficiência da atuação estatal. O encontro reúne cerca de 2.500 pessoas no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.


Saiba mais, no site do evento

Leia a Integra da palestra da ministra Miriam Belchior (arquivo pdf 112kb)

Fonte: Ministério do Planejamento

domingo, 10 de março de 2013

O defasado Sistema de Controle Interno do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro.

Por: Prof. Jorge de Carvalho
 



Aproveitando o aniversário de dez anos da criação do órgão central de controle interno do Estado do Ceará gostaria de tecer alguns comentários sobre a estrutura de controle do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro, onde exerço atualmente as minhas atividades laborais.

Diferentemente da Controladoria do Estado do Ceará, que possui a estrutura administrativa descrita no organograma abaixo e que está diretamente vinculada ao Governador, o sistema de controle interno do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro encontra-se subordinado à Secretaria de Fazenda, dela dependendo orçamentária e financeiramente para exercício de suas missões institucionais.
 

Organograma da CGE-CE



O sistema de controle interno do Poder Executivo Estadual do Rio de Janeiro foi estabelecido pelo Decreto nº 43.463/12. De acordo com o parágrafo primeiro do referido Decreto, a gestão do sistema de controle interno compete à SEFAZ-RJ, e a sua estrutura é a seguinte:

- Auditoria Geral do Estado – AGE;

- Contadoria Geral do Estado – CGE;

- Coordenadorias Setoriais de Auditoria – COSEAs;

- Coordenadorias Setoriais de Contabilidade – COSECs.

A organização estrutural interna do sistema de controle do Rio de Janeiro fere frontalmente as melhores práticas e tendências relacionadas ao tema, conforme se depreende da leitura da obra do professor Rodrigo Pironti:

“A implantação do sistema de controle interno e a obrigatoriedade de sua observância obedecem a determinados pressupostos de ordem jurídica que acabam por vincular a criação de um complexo de controle que permita a fiscalização constante do arcabouço que envolve desde a arrecadação até a destinação dos recursos públicos.”

E continua:

“Não há controle sem independência. A atividade de controle está intimamente relacionada à fiscalização completa dos procedimentos administrativos de um ente, portanto, necessita de independência para o exercício de seu mister.”

Ademais, a execução dos serviços de contabilidade no âmbito do Estado, por força do Decreto nº 43.463/12, é realizada pelo sistema de controle interno do mesmo, uma vez que a Contadoria Geral do Estado é componente da sua estrutura. Tal fato demonstra um atraso conceitual muito grande do estado fluminense em relação à estruturação e funcionamento de um adequado sistema de controle interno.

Conforme as lições do mestre Domingos Poubel de Castro, a relação da contabilidade com o controle interno, no Brasil, data de 1914. Naquele ano o então Ministro da Fazenda não teve condições de realizar operações de créditos com banqueiros ingleses por incapacidade de oferecer garantias para os empréstimos. O motivo era a falta de uma contabilidade organizada, que produzisse informação consistente sobre a situação financeira, econômica e patrimonial do governo (naquela época a contabilidade do governo se resumia à escrituração do livro caixa).

A partir de então o Governo Federal mobilizou-se para implantar técnicas de contabilidade na área pública, aprovando legislações específicas que viabilizaram a implantação de controles internos no país, através da contabilidade, culminando com o Código de Contabilidade Pública, criado em 1922.

O fato é que a execução dos serviços de contabilidade constitui atividade-meio intrínseca a todos os órgãos e entidades que manejam recursos públicos e, portanto, está sujeita aos controles preventivos, concomitantes e subsequentes desenvolvidos pelo sistema de controle interno.

A forma de organização do Sistema de Controle Interno do Rio de Janeiro ensejou, inclusive, ressalva pelo Tribunal de Contas do Estado, quando da apreciação das contas anuais de 2011 do Governador do Estado, conforme trechos extraídos do Processo nº 103.535-6/12:

“Em que pese a reorganização da estrutura do Sistema de Controle Interno Estadual por meio do DE nº 43.463, este ainda se encontra defasado ante as experiências que se observa na Federação, sendo que atualmente é cada vez menos comum um Sistema de Controle Interno permanecer vinculado ao órgão Fazendário Estadual, fato muito comum no passado.

A independência funcional é um princípio básico de controle interno que objetiva a autonomia do auditor perante as áreas ou atividades controladas. Todavia o Estado do Rio de Janeiro não observou tal princípio, na medida em que a AGE e a CGE, órgãos integrantes do Sistema de Controle Interno, estão submetidos, administrativamente, à Secretaria de Estado de Fazenda, órgão responsável pela gestão financeira do      Estado.

Ademais, a SEFAZ-RJ ser responsável, tanto pela gestão financeira do Estado do Rio de Janeiro e, quanto pela do Sistema de Controle Interno vai de encontro ao princípio da segregação de funções. Em suma, o órgão que gere as finanças não deve gerir o controle.”

Por todo o exposto, verifica-se que a vinculação do Sistema de Controle Interno à estrutura administrativa da Secretaria de Fazenda, bem como a presença do órgão responsável pela superintendência dos serviços de contabilidade (atividade-meio) na sua organização estrutural, remetendo a conceitos retrógrados de estruturas de controle, denotam a necessidade de revisão do modelo adotado pelo Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro, com fins à adequação às tendências modernas.

Mais do que um mero ajuste ao panorama atual dos demais sistemas de controles internos que já se encontram moldados de forma análoga à estrutura da Controladoria Geral da União, a reformulação da estrutura de controle interno do Estado do Rio de Janeiro representará um avanço fundamental ao pleno exercício das suas competências institucionais, onde o maior beneficiário será, indubitavelmente, a população fluminense.

Obs.: o conteúdo desta publicação não representa o posicionamento oficial dos órgãos integrantes do sistema de controle interno da SEFAZ/RJ (CGE e AGE), nem tampouco dos servidores vinculados aos mesmos, tratando-se de uma posição individual do autor, sujeita a críticas e discussões (finalidade maior deste Blog).

sábado, 9 de março de 2013

Criação do órgão central de controle interno do Ceará completa 10 anos.


Na última quinta-feira (7), completaram-se 10 anos da criação da Secretaria da Controladoria do Estado do Ceará (Secon-CE), primeiro órgão de controle interno do Estado do Ceará. Com a proposta de zelar pela observância dos princípios da administração pública estadual e exercer a coordenação geral de orientação normativa, supervisão técnica e realização das atividades inerentes ao controle interno do Estado, a Secon foi instituída, em 7 de março de 2003, por meio da Lei Nº 13.297.
 
Em 2007, com o objetivo de fortalecer o serviço de Ouvidoria junto ao poder público, o governador Cid Gomes delegou nova estrutura para as instâncias ambientais e de ouvidoria, e sancionou a Lei Nº 13.875, na qual instituiu e legitimou a Secretaria da Controladoria e Ouvidoria Geral do Estado do Ceará (Secon-CE).
 
Dois anos mais tarde, em 2009, o Governador Cid Gomes promulgou a Lei Nº 14.306, na qual alterou as competências administrativas da Secon e a transformou em Controladoria e Ouvidoria Geral do Estado (CGE-CE), órgão ligado diretamente à Governadoria.
 
Desde sua legitimação, a Controladoria e Ouvidoria Geral tem por missão zelar pela qualidade e regularidade na aplicação dos recursos públicos, bem como promover a articulação entre a sociedade e as ações governamentais, contribuindo para o bem-estar da sociedade cearense. A data será comemorada no próximo dia 27 de março, junto com o Dia do Ouvidor. Na ocasião, pessoas que contribuíram com o fortalecimento do controle interno serão agraciadas com medalha de menção honrosa.
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Informações para a imprensa:
Assessoria de Comunicação CONACI: Aline Cesconetto - Contato
Produção: Tríade Comunicação | (27) 3225-0099
Texto: Kélia Jácome - ASCOM CGE/CE
E-mail: kelia.jacome@cge.ce.gov.br
Telefone: (85) 3101.3474 | 8724.2222
www.cge.ce.gov.br
www.transparencia.ce.gov.br
www.ouvidoria.ce.gov.br
@ComunicacaoCGE

quinta-feira, 7 de março de 2013

OAB propõe que Tribunais de Contas fiscalizem gastos de campanhas.


O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Furtado, propôs na última segunda-feira (04) que, caso seja extinto o financiamento de campanhas eleitorais por empresas, como quer a entidade, os Tribunais de Contas da União e dos Estados passem a fiscalizar os recursos utilizados em campanhas políticas. Atualmente, o Tribunal Superior Eleitoral e os Tribunais Regionais Eleitorais são responsáveis por essa fiscalização. A proposta foi apresentada em reunião com os presidentes da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), Antonio Joaquim, e do Instituto Rui Barbosa (IRB), Severiano José Costandrade, na sede do Conselho Federal, em Brasília.
 
A instituição do financiamento democrático de campanhas, explicou Marcus Vinicius, é defendida pela OAB como uma das principais medidas para garantir eleições limpas no País. “Com a mudança, é coerente que as contas sejam prestadas aos Tribunais de Contas. Na Constituição está claro: todo aquele que gasta recursos públicos, precisa obrigatoriamente prestar contas ao TCU e aos TCEs”, disse o presidente da Atricon, garantindo o total apoio da entidade à sugestão apresentada pelo presidente nacional da OAB.
 
As reclamações de números 10445, 10456 e 13292, em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF), que debatem a tese de que os Tribunais de Contas não têm atribuição de julgar as contas prestadas pelo Chefe do Poder Executivo municipal, mas apenas de emitir parecer prévio a ser enviado às Câmaras Municipais, também foram discutidas na reunião. Os presidentes da Atricon e do IRB pediram o ingresso da OAB na condição de "amicus curiae" nas reclamações. Marcus Vinicius disse que levará o pedido para análise do Conselho Pleno da entidade.
 
Ainda no encontro, foi debatida a criação de um Conselho Superior para os Tribunais de Contas, a exemplo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Segundo Severiano Costandrade, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) número 28/07, que institui o Conselho, está parada no Congresso Nacional. A PEC prevê como componentes dois membros do Tribunal de Contas da União, dois dos Tribunais de Contas dos Estados, um do Tribunal de Contas municipal, um auditor, um procurador e dois membros do Congresso Nacional, sendo um indicado pelo Senado e outro pela Câmara dos Deputados.
 
Acompanharam também a reunião os vice-presidentes do IRB Edilberto Pontes, Júlio Assis Corrêa Pinheiro e Otávio Lessa.
 
Fonte: Portal dos Tribunais de Contas do Brasil - Foto: Eugenio Novaes

quarta-feira, 6 de março de 2013

Tesouro Nacional divulga instruções para plano de transição da nova contabilidade pública.




A Secretaria do Tesouro Nacional (STN) divulgou nesta terça-feira, 5 de março, a Instrução de Procedimentos Contábeis (IPC) que deve orientar os profissionais de contabilidade e auxiliar os entes da Federação na execução dos registros. A IPC também deve ajudar na elaboração das demonstrações contábeis a partir da adoção das novas práticas contábeis aplicadas ao Setor Público.

Entre os assuntos relacionados na IPC 00 estão os principais procedimentos a serem adotados em decorrência das alterações contábeis, dentre eles: plano de contas, balanço de abertura, nova classificação das contas de ativo e passivo, inventário e adoção inicial da reavaliação e depreciação.

Na ocasião, também foi disponibilizada a nova estrutura do plano de contas aplicado ao setor público (PCASP) para Estados e Municípios, com detalhamento até o 7º nível, que, segundo a STN, foi fruto de estudo realizado ao longo do ano de 2012.

De acordo com a publicação, as instruções contidas na IPC poderão ser utilizadas por todos os Municípios brasileiros que observam as regras vigentes sobre contabilidade aplicada ao setor público.

Clique aqui e confira o IPC 00 na íntegra

Clique aqui e confira o modelo de PCASP para Estados e Municípios

Fonte: CNM - Confederação Nacional dos Municípios

terça-feira, 5 de março de 2013

Estados e Municípios têm até dia 9 para prestarem contas sobre alimentação escolar.

Os entes que não repassarem as informações ficarão impedidos de receber recursos do Governo Federal destinados à alimentação escolar; até a regularização.


Gestores estaduais, municipais e do Distrito Federal têm até o próximo dia 9, para prestarem informações sobre o uso dos recursos destinados à alimentação escolar pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) de 2011. As informações deverão ser encaminhadas pelo Sistema de Gestão de Prestação de Contas (SiGPC), também conhecido como Contas On Line, disponível no site do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A localidade que não repassar as informações até a data poderá ficar sem receber recursos do Governo Federal para o setor até que ocorra a regularização dos dados.
 
Os novos prefeitos que ainda não possuem senha no SiGPC devem entrar em contato com a Central de Atendimento do FNDE pelo telefone 0800616161.

Após o recebimento das informações, os conselheiros da alimentação escolar irão emitir parecer ao município, aprovando ou não as contas. As respostas também serão enviadas pelo SiGPC. Esse parecer deve ser enviado até 23 de abril ao FNDE, que vai então analisar as informações enviadas pelos conselheiros e gestores públicos.

O orçamento do PNAE para 2013 é de R$ 3,5 bilhões, o que irá beneficiar mais de 44 milhões de alunos da educação básica, incluindo o ensino de jovens e adultos.

Para auxiliar os gestores estaduais e municipais no preenchimento da prestação de contas da alimentação escolar foi elaborado um guia de apoio que está disponível no site www.fnde.gov.br.

Fonte: Subchefia de Assuntos Federativos/SRI 

CGU realiza 38º sorteio e define 60 municípios a serem fiscalizados.


A Controladoria-Geral da União (CGU) sorteou, nesta segunda-feira (4/3), em Brasília (DF), os 60 municípios que serão fiscalizados, nas próximas semanas, no âmbito do Programa de Fiscalização a partir de Sorteios Públicos. Serão alvo de fiscalizações os recursos federais destinados à execução de programas do governo nas áreas de Saúde, Educação e Desenvolvimento Social, bem como as eventuais denúncias e representações enviadas à CGU relativas às cidades sorteadas.
 
O evento contou com a presença do secretário-executivo da CGU, Carlos Higino, do secretário federal de Controle Interno, Valdir Agapito, e dos dirigentes das unidades regionais da Controladoria. Higino ressaltou a importância do programa de fiscalização da CGU, que completará 10 anos de existência em abril. “É uma iniciativa que vem dando certo, vem sendo bem sucedida. Não só inibe a corrupção como confere a correta aplicação dos recursos federais nos municípios”, afirmou.
 
Dentre os municípios selecionados, o mais populoso é Itapecerica da Serra, em São Paulo, com 156.077 habitantes, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já Vargem Bonita, em Minas Gerais, com apenas 2.156 habitantes, é o que tem a população menos numerosa.

Lista completa:

1º - Ariranha do Ivaí - PR
2º - Lunardelli - PR
3º - Terra Roxa - PR
4º - Maracás - BA
5º - Cipó - BA
6º - Catolândia - BA
7º - Itarantim - BA
8º - Casa Nova - BA
9º - Campo Bom - RS
10º - Ubiretama - RS
11º - Jaguari - RS
12º - Chiapetta - RS
13º - Anhumas - SP
14º - Mirassolândia - SP
15º - Fernandópolis - SP
16º - Bastos - SP
17º - Itapecerica da Serra - SP
18º - Pontal - SP
19º - Perdigão - MG
20º - Novorizonte - MG
21º - Rodeiro - MG
22º - Monte Santo de Minas - MG
23º - Formiga - MG
24º - Vargem Bonita - MG
25º - Várzea da Palma - MG
26º - Boquim - SE
27º - Capela - SE
28º - Douradina - MS
29º - Presidente Kennedy - ES
30º - Iguaba Grande - RJ
31º - Ferreira Gomes - AP
32º - Juruá - AM
33º - Boca da Mata - AL
34º - Vigia - PA
35º - Trairão - PA
36º - Cachoeira do Arari - PA
37º - Gaúcha do Norte - MT
38º - Nova Canaã do Norte - MT
39º - Araguatins - TO
40º - Riacho de Santana - RN
41º - Martins - RN
42º - Paraná - RN
43º - Abaiara - CE
44º - Crato - CE
45º - Aracoiaba - CE
46º - Morrinhos - CE
47º - Terezinha - PE
48º - Limoeiro - PE
49º - Palmares - PE
50º - Brejo de Areia - MA
51º - Mata Roma - MA
52º - Picuí - PB
53º - Bananeiras - PB
54º - Dirceu Arcoverde - PI
55º - Manoel Emídio - PI
56º - São João d'Aliança - GO
57º - Guarani de Goiás - GO
58º - Jaupaci - GO
59º - Mirim Doce - SC
60º - Araranguá - SC

domingo, 3 de março de 2013

Receitas públicas, mas... Orçamentárias, patrimoniais ou ambas?!?!

Por: Prof. Jorge de Carvalho



Recentemente estive em uma determinada academia participando de um processo seletivo para contratação de professores substitutos e uma das etapas do certame era a realização de prova didática. Uma das disciplinas para a qual concorria, como não poderia ser diferente, era Contabilidade Aplicada ao Setor Público e, como o tema era livre, escolhi falar sobre receitas públicas, dispondo de 25 (vinte e cinco) minutos para ministrar a minha aula.

A banca examinadora era formada por três professores de alta titulação e, ao final da minha apresentação, cada um deles teceu comentários acerca do meu desempenho, enquanto professor. Chamou-me a atenção a observação realizada por um dos docentes, o qual ponderou que o ponto baixo da minha aula havia sido a confusão proporcionada entre “receitas orçamentárias” e “receitas patrimoniais” e que o referido examinador não havia conseguido distinguir, durante a minha fala, em que momento eu tratava de uma ou de outra receita.

Nesse ínterim, faz-se necessário esclarecer preliminarmente que, dentre as diferenças existentes entre a Contabilidade Aplicada ao Setor Público e a Contabilidade Societária, destaca-se o tipo de sistema contábil adotado por cada um desses ramos da Ciência Contábil, para registro dos atos e fatos praticados no âmbito das entidades às quais se aplicam.

O sistema contábil no setor governamental estrutura-se nos seguintes subsistemas:

- Subsistema de Informações Orçamentárias: registra, processa e evidencia os atos e fatos relacionados ao planejamento e à execução orçamentária, tais como orçamento, programação e execução orçamentária, alterações orçamentárias e resultado orçamentário;

- Subsistema de Informações Patrimoniais: registra, processa e evidencia os fatos financeiros e não financeiros relacionados com as variações do patrimônio público, subsidiando a administração com informações, tais como alterações nos elementos patrimoniais, resultado econômico e resultado nominal;

- Subsistema de Custos: registra, processa e evidencia os custos da gestão dos recursos e do patrimônio públicos, subsidiando a administração com informações tais como custos dos programas, dos projetos e das atividades desenvolvidas, bom uso dos recursos públicos e custo das unidades contábeis;

- Subsistema de Compensação (Controles Diversos): registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles com funções específicas de controle, subsidiando a administração com informações tais como alterações potenciais nos elementos patrimoniais e acordos, garantias e responsabilidades.

De logo, verifica-se que as informações abrangidas por cada um dos subsistemas citados são diferentes, ou seja, os registros efetuados em um subsistema visam evidenciar determinado resultado ou situação que não se confunde com as informações registradas em outro subsistema distinto. Uma informação de natureza orçamentária proporcionará uma análise quanto ao planejamento e/ou execução do orçamento público, enquanto uma informação de natureza patrimonial permitirá outra abordagem, desta vez quanto à composição do patrimônio público e suas alterações.

Segundo o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, os ingressos de recursos financeiros nos cofres do Estado, em sentido amplo, denominam-se receitas públicas, registradas como receitas orçamentárias quando representam disponibilidades de recursos financeiros para o erário, ou ingressos extraorçamentários, quando representam apenas entradas compensatórias.

Portanto, poderemos verificar, no setor público, as seguintes situações, relacionadas às receitas públicas e respectivos registros nos subsistemas contábeis apropriados*:

1.      Receitas Orçamentárias e Patrimoniais Aumentativas: ingressos de recursos no erário público que viabilizarão a execução das políticas públicas e que, concomitantemente, provocarão um aumento na situação líquida patrimonial da entidade (fato contábil modificativo). Ex.: receitas de impostos, com recebimento concomitante à ocorrência do fato gerador (regime de caixa):

 

Subsistema Orçamentário
Subsistema Patrimonial
D - Receita a Realizar
C - Receita Realizada
D – Banco
C - Var. P. Aumentativa

 

2.      Receitas Orçamentárias e Patrimoniais Permutativas: ingressos de recursos no erário público que viabilizarão a execução das políticas públicas mas que, concomitantemente, não provocarão um aumento na situação líquida patrimonial da entidade (fato contábil permutativo). Ex.: receitas de alienação de bens móveis, com recebimento concomitante à ocorrência do fato gerador (regime de caixa):

 

Subsistema Orçamentário
Subsistema Patrimonial **
D - Receita a Realizar
C - Receita Realizada
D – Banco
C – Bens Móveis

**Nesta situação não temos uma receita sob a ótica contábil, pois não há impacto na situação líquida patrimonial.

 

3.      Receitas Patrimoniais e Não-Orçamentárias: fatos contábeis que provocam acréscimo na situação líquida patrimonial, mas cuja arrecadação dos recursos ainda não ocorreu, não havendo, portanto, registro no susbsistema orçamentário, em razão do disposto no art. 35 da Lei Federal nº 4.320/64. Ex.: registro do crédito a receber decorrente da prestação de serviço público (regime de competência):

 

Subsistema Orçamentário
Subsistema Patrimonial *
- - -
- - -
D – Crédito a Receber
C – Var. P. Aumentativa

*Nesta situação não se verifica qualquer registro no susbsistema orçamentário, pois não houve entrada de recursos financeiros em banco/equivalentes de caixa.

 

*Obs.: os exemplos não tratam dos registros no subsistema de compensação, haja vista a abordagem direcionada à questão “orçamento x patrimônio.”

Dessa forma, resta evidente que os registros contábeis em cada subsistema de escrituração devem guardar compatibilidade com a natureza do fato incorrido e que orçamento e patrimônio não se confundem, justamente por propiciarem informações distintas aos diversos interessados. Haverá situações em que uma receita pública será registrada simultaneamente em ambos os subsistemas e outras em que ocorrerá a escrituração em apenas um.

O que deve ficar claro para o estudante ou para os interessados de outras áreas da contabilidade, que não possuam familiaridade com a vertente aplicada ao setor público, é que, nesta última, verifica-se a presença obrigatória do orçamento, ensejando registros adicionais àqueles comumente praticados no âmbito da contabilidade societária.

Enfim, receita pública, sob o enfoque moderno, pode ser apenas patrimonial, apenas orçamentária sob a ótica da ciência contábil (considerando como receita apenas os fatos que provocam aumento na situação líquida patrimonial) ou até mesmo ambas as coisas. Depende da natureza do fato incorrido.

E, para a minha surpresa, quando da publicação do resultado da prova didática aplicada pela academia, acabei recebendo nota máxima pela minha apresentação. Mesmo com toda a “confusão orçamentária e patrimonial”.