quinta-feira, 18 de agosto de 2022

AIC promoverá a segunda parte da conferência virtual sobre a NICSP 17 (NBC TSP 07).


A Comissão voltada para o Setor Público da Asociación Interamericana de Contabilidad (AIC, na sigla em espanhol) promoverá, no dia 26 de agosto, a segunda conferência virtual sobre a "NICSP 17 Propiedad, Planta y Equipo" (equivalente a NBC TSP 07 - Ativo Imobilizado). Desta vez o tema a ser tratado será: “Adoção e ajustes nos sistemas de informática para uma implementação efetiva”.

A apresentação será transmitida, às 16h (Brasil), em espanhol, ao vivo pelo canal da AIC no YouTube, ou pelo zoom no seguinte link: https://us02web.zoom.us/j/85242206407.

O evento contará com a participação de María Teresa Díaz de Agüero (Paraguai) como expositora e Alexei Estrella Morales como moderador.

Saiba mais aqui.

Fonte: CFC - Conselho Federal de Contabilidade

quarta-feira, 17 de agosto de 2022

Fiscobras 25 anos: série relembra auditoria histórica do TCU no prédio do TRT de São Paulo.

Auditoria do TCU apontou superfaturamento de R$ 169,5 milhões, o que levou a Justiça Federal a condenar o ex-senador Luiz Estevão. O caso se tornou um dos crimes mais conhecidos de corrupção no País e foi um marco para o programa de auditoria de obras do Tribunal, o Fiscobras

Em 1992, foi iniciada a licitação para a construção do prédio do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (São Paulo). A construtora Incal venceu a licitação, mas auditoria do TCU apontou irregularidades na obra. O caso, que se tornou um dos crimes mais conhecidos de corrupção no País, veio à tona em março de 1999, a partir de CPI instaurada no Senado Federal para investigar o Poder Judiciário. A equipe do TCU designada para o trabalho era composta por três engenheiros, uma arquiteta e uma bióloga. O projeto possuía 1.400 pranchas e o orçamento, mais de mil itens.

A equipe concluiu que havia superfaturamento de R$ 169,5 milhões na obra, sendo que o custo de reprodução da obra, com o terreno incluído, era de R$ 62,5 milhões.

A dimensão dos valores desviados e o volume das irregularidades constatadas chamaram a atenção da mídia e de toda a sociedade. Inúmeras reportagens repercutiram o esquema de corrupção e a condenação do ex-senador Luiz Estevão e do ex-presidente do TRT-SP Nicolau dos Santos Neto.

O trabalho desenvolvido pelos auditores do TCU na construção do prédio do TRT é um caso emblemático na história do tribunal. Foi a partir desse caso que a auditoria de obras públicas ganhou novo destaque no âmbito do controle, além de ter alcançado mais visibilidade e reconhecimento por parte da sociedade.

O valor desviado apontado pelo TCU vem sendo restituído aos cofres públicos, a partir de um acordo firmado entre a Advocacia Geral da União (AGU) e o Grupo OK.

FISCOBRAS

O Plano Anual de Fiscalização de Obras Públicas (Fiscobras) do TCU é um produto de longa tradição no Tribunal e já está em seu 25º ano. Previsto nas Leis de Diretrizes Orçamentárias de cada ano (LDO) desde a Lei 9.473/1997 (LDO/1998), o Fiscobras busca munir o Congresso Nacional com informações sobre obras com indícios de irregularidades graves. A análise do Tribunal subsidia a elaboração do Projeto de Lei Orçamentária do ano seguinte.

Só nos últimos 10 anos, foram feitas 1.040 fiscalizações. Para dar conta desse trabalho, o TCU, por meio da sua Coordenação-Geral de Controle Externo de Infraestrutura (Coinfra), conta com equipes especializadas em cada setor fiscalizado: rodovias, aviação, ferrovias, portos, óleo e gás, energia elétrica, mobilidade urbana, saneamento, habitação, telecomunicações, mineração e obras hídricas. São mais de 250 auditores atuando nessas equipes.

O Fiscobras está passando por reformulação e a 26ª edição trará, além da tradicional lista de obras com indícios de irregularidades, mais dois relatórios sintéticos, elaborados por setor: o primeiro com a seleção e priorização de projetos de investimentos com recursos federais, chamado de “Relatório Sintético - Priorização e Seleção de Projetos”; e o outro sobre o controle dos investimentos em andamento e paralisados, intitulado “Relatório Sintético - Panorama das obras financiadas pelo OGU”.

SÉRIE

Esta é a primeira matéria da série de reportagens em comemoração aos 25 anos do Fiscobras.

Acesse aqui os últimos relatórios do Fiscobras.

Fonte: TCU - Tribunal de Contas da União

terça-feira, 16 de agosto de 2022

De acordo com o TCU, restos a pagar de despesas para combate à pandemia foram regulares.

Acompanhamento do TCU sobre a inscrição em restos a pagar de despesas voltadas ao combate da pandemia de Covid-19 não constatou desvios de gastos


O Tribunal de Contas da União (TCU) fez acompanhamento de questões relacionadas à inscrição de restos a pagar de despesas voltadas ao combate da pandemia de Covid-19. Foi analisado também se a execução financeira dos restos a pagar em 2021 oriundos de créditos extraordinários inscritos em 2020 em decorrência da pandemia estaria sujeita aos limites das despesas primárias da União do exercício de 2021.

O orçamento autorizado para combater a pandemia e seus efeitos econômicos e sociais foi destinado a quatro grandes eixos de atuação do governo: 

i) Assistência social e auxílio aos mais vulneráveis: R$ 329,4 bilhões;

ii) Manutenção de empregos e financiamento ao setor privado: R$ 158,7 bilhões;

iii) Auxílio financeiro a Estados, Distrito Federal e Municípios: R$ 79,2 bilhões; e

iv) Saúde de demais despesas dos ministérios: R$ 68,2 bilhões.

Do total de dotações destinadas ao enfrentamento da pandemia, R$ 634,2 bilhões foram autorizados por meio de medidas provisórias de abertura de créditos extraordinários e o valor restante, R$ 1,3 bilhão, foi autorizado por meio de créditos suplementares e especiais. O acompanhamento do Tribunal sobre o destino desses valores, assim como os transferidos para serem pagos em 2021 por meio de inscrição em restos a pagar, foi necessário devido ao fato de que as despesas autorizadas por créditos extraordinários não estão sujeitas ao Teto de Gastos.

A análise feita pelo TCU, no entanto, não constatou utilização de recursos com despesas não relacionadas à pandemia. Na amostra, foram verificadas apenas falhas relacionadas à inscrição de restos a pagar de forma equivocada. No caso materialmente mais relevante, que trata da estimativa incorreta de R$ 6,35 bilhões em restos a pagar não processados pela Secretaria de Trabalho, do Ministério do Trabalho e Previdência, a falha já foi corrigida e, por isso, a Corte de Contas apenas deu ciência ao órgão.

A impropriedade que gerou determinação do TCU foi relacionada ao Ministério da Cidadania, que havia promovido, em 2020, empenhos contemplando a execução integral de alguns contratos de repasse em desacordo com o cronograma de execução das obras. O equívoco gerou a inscrição irregular em restos a pagar não processados da totalidade dos valores.

A unidade técnica do TCU responsável pela fiscalização foi a Secretaria de Controle Externo de Aquisições Logísticas. O relator do processo é o ministro Bruno Dantas.

Leia a íntegra da decisão: Acórdão 1852/2022 – Plenário

Fonte: TCU - Tribunal de Contas da União

segunda-feira, 15 de agosto de 2022

Auditoria Financeira do TCE-MG atrai visita do TCE-RJ.


Minas Gerais é um destino procurado pelo turismo cultural, pelas cidades históricas, pela natureza e pela gastronomia. Mas os técnicos do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) desembarcaram em Belo Horizonte por outro motivo.

Entre os dias 9 e 11 de agosto, sete analistas de Controle Externo cariocas fizeram uma visita técnica ao Tribunal de Contas de Minas Gerais (TCE-MG) para trocar conhecimentos e metodologias sobre auditoria financeira.

Segundo a diretora de Fiscalização de Matérias Especiais, Karla da Costa Martins, “a visita do TCE-RJ é especificamente para troca de metodologia e conhecimento com a Coordenadoria de Auditoria Financeira e Fiscalização de Projetos Financiados do TCE-MG. Criada em 2019 como um núcleo, só no ano seguinte virou uma coordenadoria.

O coordenador de Auditoria Financeira e Fiscalização de Projetos Financiados, Filipi Assunção Oliveira, afirmou que “a ideia é a gente discutir ao máximo as metodologias de trabalho, compartilhar os desafios e mostrar como foi a execução dos trabalhos práticos” realizados pelo TCE-MG.

Filipi explicou que a Auditoria Financeira é um trabalho realizado para certificar a confiabilidade de informações contábeis para fornecer uma segurança razoável aos números apresentados em um balanço orçamentário, financeiro ou patrimonial. A fiscalização desenvolvida no TCE-MG tomou como base parâmetros já usados em outras instituições no Brasil e exterior. “As normas hoje de auditoria aplicadas no setor público no Brasil são traduções exatas das normas aplicadas no âmbito do setor público internacional, que são iguais às normas já aplicadas no setor privado há mais de 200 anos”, contou.

Durante os três dias de visita, os técnicos do TCE-RJ puderam conhecer as instalações do TCE-MG, trocar experiências na fiscalização de finanças e debater os métodos usados na prática.

A analista de Controle Externo do TCE-RJ, Adriana Viana Passos Valença, lembrou que conheceu o trabalho desenvolvido pela Coordenadoria de Auditoria Financeira por meio de uma apresentação realizada pelo Filipi em um evento desenvolvido pelo Instituto Rui Barbosa. “Ele apresentou os papeis do trabalho e a gente verificou que os detalhes e as metodologias são bem parecidas com as empresas de auditoria independente e vimos que tínhamos que beber dessa fonte”, riu.

O substituto eventual do coordenador geral da Coordenadoria de Auditoria Financeira do TCE-RJ, André Cirne de Paula, relatou que com a visita pode observar que as duas instituições compartilham dos mesmos problemas, das mesmas angustias, e também dos mesmos desafios.


Fonte: TCE-MG (Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais)

sexta-feira, 12 de agosto de 2022

Programa Nacional de Prevenção à Corrupção promove evento sobre controles preventivos.

O objetivo do encontro é estimular a criação de processo de gerenciamento de riscos e mecanismos de controle interno para a prevenção e o combate à fraude e à corrupção


No próximo dia 18, a partir das 10h, horário de Brasília, o Programa Nacional de Prevenção à Corrupção (PNPC) realiza o terceiro evento de capacitação do ano, com transmissão ao vivo pelo canal do TCU no YouTube.

Os controles preventivos serão o tema dos debates, que têm como objetivo levar ao conhecimento dos participantes a importância das boas práticas relacionadas à prevenção da corrupção. Tais como: sistema de decisões com poderes balanceados e segregação de funções, plano de combate à fraude e à corrupção, práticas de gestão de recursos humanos e de relacionamento com terceiros, instituição de processo de gerenciamento de riscos e mecanismos de controle interno para a prevenção e o combate à fraude e à corrupção.

Os debates abordarão a experiência de participantes do PNPC que já implementaram algumas boas práticas, enfatizando como o programa auxiliou no alcance desses resultados.

O evento atende ao compromisso de levar aos participantes conhecimento e informações sobre as melhores práticas de gestão e governança para o enfrentamento da corrupção de maneira simples e direta, para auxiliar as organizações a implementarem estruturas e medidas que melhorem o ambiente e a cultura organizacional. A segunda etapa do programa contará ainda com mais dois eventos ao longo do ano, que serão divulgados e detalhados oportunamente.


Sobre o PNPC

O Programa Nacional de Prevenção à Corrupção (PNPC) é o mais abrangente programa de incentivo às organizações públicas brasileiras para adoção de boas práticas de enfrentamento da corrupção, com ênfase nos mecanismos da prevenção. São mais de 11 mil organizações participantes de um total de 16 mil cadastradas. O ano passado foi o período de adesão das organizações, de realização das autoavaliações na plataforma e-Prevenção e de definição do marco zero, fase que indica como estão as práticas dessas organizações quanto aos mecanismos e componentes de prevenção à corrupção no ato de adesão ao Programa Nacional de Prevenção à Corrupção.

O Programa é executado pelas Redes de Controle dos Estados, com o patrocínio do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria-Geral da União (CGU) e apoio da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), Associação Brasileira de Tribunais de Contas dos Municípios (Abracom), Conselho Nacional de Presidentes dos Tribunais de Contas (CNPTC) , Conselho Nacional de Controle Interno (Conaci) e Confederação Nacional de Municípios (CNM).

Parcerias

A segunda etapa do PNPC acontece em parceria com o Programa de Apoio à Gestão Municipal Responsável (TCU+Cidades), que visa contribuir com a qualificação dos gestores municipais e atuar na prevenção de falhas que possam prejudicar o melhor uso dos recursos públicos. Lançado em março de 2021, o programa já atingiu milhares de gestores públicos, por meio dos webinários temáticos, cursos e publicações específicas para os municípios.

O evento é aberto ao público e será transmitido no canal do TCU no Youtube.

Conheça mais o PNPC acessando o portal em http://www.rededecontrole.gov.br/.


Fonte: TCU - Tribunal de Contas da União

Live do TCESP esclarecerá dúvidas sobre o novo Fundeb.


O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP) promoverá na quinta-feira (18/8), das 14h00 às 15h30, a live ‘O Novo Fundeb e os Conselhos de Acompanhamento e Controle Social (CACS)’.

Com transmissão em tempo real pelo link http://streaming.tce.sp.gov.br/lives/, a capacitação é direcionada a servidores e gestores das Secretarias Municipais de Educação e membros dos Conselhos de Acompanhamento e Controle Social (CACS) do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

As instruções serão passadas pelo Diretor Técnico de Divisão da 7ª Diretoria de Fiscalização, Elias Santos Ferreira, e pela Chefe Técnica da Fiscalização Audria Lucine Martins de Souza.

Os interessados podem enviar dúvidas sobre o novo Fundeb até segunda-feira (15/8) por meio do link https://forms.office.com/r/Af44NSmuAV. As questões serão previamente selecionadas, e respondidas pelos instrutores durante a transmissão.

Haverá emissão de certificado aos participantes. Para emitir o comprovante de participação, é necessário ter cadastro no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) da Escola Paulista de Contas Públicas (EPCP) e acessar a página do curso no AVA (https://bit.ly/3OYKxg5).

Ao final da live será disponibilizado um formulário de avaliação, que deverá ser obrigatoriamente preenchido para liberar o certificado de participação. O questionário ficará disponível apenas por 24 horas contadas a partir do horário previsto para o término da palestra.

A programação completa pode ser acessada pelo link https://bit.ly/3zZgtwt.

Fonte: TCESP - Tribunal de Contas do Estado de São Paulo

quinta-feira, 11 de agosto de 2022

Órgão público federal não pode se beneficiar de contrato já firmado por outro ente, afirma o TCU.

 


O Tribunal de Contas da União (TCU) respondeu a uma consulta formulada pelo ministro-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em que questiona se há viabilidade jurídica de órgão da administração pública federal utilizar-se de contrato de prestação de serviços licitados por outro ente federativo.

Para o TCU, o objeto de interesse manifestado pelo TSE constitui uma adesão a contrato anteriormente firmado por órgão de outro ente federado. Seria como uma adesão à ata de registro de preços, mas nesse caso já haveria o contrato firmado.

Em resposta à consulta, o Tribunal informou que o órgão público federal não pode se beneficiar de contrato já firmado por órgão público de outro ente, admitindo-se apenas as hipóteses de compra compartilhada.


Fonte: TCU - Tribunal de Contas da União

quarta-feira, 10 de agosto de 2022

STN divulga comunicado sobre a complementação do VAAT Fundeb.

Prazo para regularização encerra-se em 31/08/2022


Desde abril/2022, o Tesouro Nacional e o FNDE têm divulgado prévias dos entes inabilitados a receber a complementação VAAT do Fundeb em 2023. Para consultar a lista atualizada, clique aqui.

Caso o seu município esteja na lista dos inabilitados, ainda é possível regularizar a situação até 31/08/2022. Para isso, é preciso analisar o motivo da inabilitação. Caso seja por uma pendência no SIOPE, é preciso enviar os dados conforme previsto no art. 38 da Lei nº 14.113/2020.

O Tesouro Nacional divulgou a Nota Técnica 61491/2021 que detalhou os requisitos para habilitação em função do art. 163-A da Constituição Federal. Os motivos de inabilitação desse requisito são os seguintes:

- Não enviou a MSC de encerramento de 2021: para resolver esse problema, o ente deve encaminhar a matriz de saldos contábeis de encerramento por meio do Siconfi. É importante que a MSC contenha os valores de saldo inicial das contas contábeis começadas por "6.2.1.2." com o devido detalhamento das naturezas de receitas descritas na NT 61491/2021.

- Enviou a MSC de encerramento com as receitas negativas: o ente deve reenviar a sua MSC de encerramento com os valores de dedução da receita (contas contábeis começadas por 6.2.1.3.1., 6.2.1.3.2., 6.2.1.3.4. e 6.2.1.3.9.) menores que o valor da arrecadação (contas contábeis começadas por 6.2.1.2.).

- Enviou a MSC de encerramento com as receitas zeradas: o ente enviou a MSC de encerramento. No entanto, não foram encontrados valores de saldo inicial para as contas contábeis começadas por 6.2.1.2. com os devidos detalhamentos conforme descrito na NT 61491/2021. O ente deve reenviar a MSC completando as informações que estão faltando.

- Enviou a MSC de encerramento com a COTA-PARTE de ICMS zerada ou negativa: o ente deve reenviar a sua MSC de encerramento com valores informados nas naturezas de receita começadas por 1.7.2.8.01.1.X. Também deve garantir que os valores de dedução (contas contábeis começadas por 6.2.1.3.1., 6.2.1.3.2., 6.2.1.3.4. e 6.2.1.3.9.) não estão maiores que os valores de arrecadação (contas contábeis começadas por 6.2.1.2.).

- MSC de encerramento igual a de outro município: o ente precisa reenviar a matriz de encerramento com os dados do seu município. Caso já tenha feito isso, deve entrar em contato com o Tesouro Nacional por meio do fale conosco para comprovar que seus dados são os corretos.

É importante salientar ainda que a habilitação do ente constitui apenas pré-requisito para que as informações do VAAT sejam apuradas. Ou seja, a habilitação não é garantia de recebimento da Complementação-VAAT pelo ente.

Fonte: Coordenação-Geral de Normas de Contabilidade Aplicadas à Federação da Secretaria do Tesouro Nacional (STN)

TCMSP lança na quinta-feira o Programa de Formação Continuada de Auditores.


A Subsecretaria de Fiscalização e Controle (SFC) do Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCMSP) lançará na próxima quinta-feira (11/8), às 14h, o Programa de Formação Continuada de Auditores (PFCA). O evento, que será realizado de forma remota (on-line), tem por objetivo apresentar a nova ferramenta de capacitação aos servidores do Tribunal.

O PFCA integra o planejamento estratégico do TCMSP e prevê uma série de ações educativas contínuas direcionadas aos Auditores de Controle Externo da entidade. O programa tem por objetivo o aprimoramento das habilidades e competências necessárias para o desenvolvimento dos processos de fiscalização, fortalecendo a atuação técnica das equipes de auditoria e ampliando a credibilidade dos trabalhos.

A primeira trilha de aprendizagem a ser disponibilizada ao público-alvo será justamente a de “auditoria governamental”, da qual consta conteúdo atualizado e de qualidade acerca das regras que norteiam o método de trabalho apropriado ao desenvolvimento desse tipo de fiscalização, em todas as suas fases (planejamento, execução, relatório e monitoramento). A iniciativa está de acordo com o regramento normativo aplicável, em especial o Manual de Auditoria Governamental da SFC-TCMSP, as NBASP e a IFPP/Intosai.

Com carga horária total de aproximadamente 180 horas, a trilha de aprendizagem de auditoria governamental é composta por 21 trilhos e 137 objetos de aprendizagem. Ao finalizar cada trilho, o servidor fará uma avaliação sobre o conteúdo estudado e, conforme seu desempenho, obterá um certificado, comprovando a obrigatoriedade de atualização anual em certo número de horas, nos termos do programa.

Diferentemente dos treinamentos tradicionais, as trilhas de aprendizagem possibilitam que o usuário escolha o melhor caminho para o seu desenvolvimento técnico. Ou seja, o auditor do TCMSP será o protagonista no processo de aquisição de conhecimento, consumindo o conteúdo disponibilizado de acordo com suas reais necessidades. Ademais, as trilhas estarão em constante atualização pelos curadores, buscando a oferta de conteúdo sempre aderente aos melhores padrões técnicos vigentes.

Além da trilha de aprendizagem de auditoria governamental, já se encontram em elaboração também no âmbito do PFCA as de “Controle Externo”, “Contabilidade Aplicada ao Setor Público” e da ferramenta “Qlik Sense”. Oportunamente serão anunciadas as datas nas quais seus conteúdos estarão disponíveis.

Fonte: TCMSP - Tribunal de Contas do Município de São Paulo (intranet)

Coordenadoria de Auditoria Financeira do TCE-MG apresenta Relatório de Análise Técnica.



A Coordenadoria de Auditoria Financeira e Fiscalização de Projetos Financiados (CAFIN), do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, apresentou Relatório de Análise Técnica elaborado a partir de resultados observados em auditorias financeiras realizadas entre os anos 2020 e 2021.

O setor, criado em 2020 e vinculado à Diretoria de Fiscalização de Materiais Especiais (DFME), identificou uma deficiência recorrente relacionada à efetividade e eficiência das operações dos órgãos/entes auditados. Os auditores verificaram que os jurisdicionados estavam aplicando os seus recursos nos fundos de investimento de piores retornos e maiores taxas de administração disponibilizados pelas instituições financeiras depositárias, sem qualquer análise ou revisão crítica sobre os resultados alcançados e comparações com outras alternativas de investimento.

A CAFIN ainda avaliou se a situação poderia estar ocorrendo em outros municípios que originalmente não passaram por trabalhos de auditoria financeira. Como resultado, foram observados indícios de que os fundos utilizados por esses municípios estavam entre os que dispõem de menor rentabilidade e maior taxa de administração, assim como verificado nas auditorias realizadas.

Segundo os analistas da CAFIN, estima-se que, como exemplo de consequência da gestão ineficiente de aplicações financeiras, caso esses municípios tivessem optado por investimentos em condições mais vantajosas oferecidos pelas instituições financeiras, poderiam ter gerado uma receita de rendimentos 14,6% maior no período de janeiro de 2017 até abril de 2022.

Após as constatações, a Diretoria de Fiscalização de Materiais Especiais solicitou junto ao SICOM a expedição do Comunicado Nº 27/2022, com o objetivo de estimular os municípios a realizarem revisão motivada da sua carteira de investimentos.

Com essas ações, o TCEMG espera colaborar com o aprimoramento da gestão de investimentos de recursos financeiros dos entes mineiros, gerando, em última instância, mais receitas para os cofres públicos.

Fonte: TCEMG - Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (Fred La Rocca / Coordenadoria de Jornalismo e Redação)

sexta-feira, 5 de agosto de 2022

Neste semestre, TCE-PR fará auditorias financeiras em municípios paranaenses.


Ainda no segundo semestre deste ano, o Tribunal de Contas do Estado do Paraná realizará auditoria governamental financeira em municípios paranaenses. As auditorias, integrantes do Plano Anual de Fiscalização (PAF) de 2022, serão executadas de forma presencial, por auditores de controle externo lotados na Coordenadoria de Auditorias (CAUD) do TCE-PR. Os municípios serão selecionados conforme critérios técnicos.

A competência para realizar auditorias financeiras é assegurada aos Tribunais de Contas pela Constituição Federal. Atualmente é uma tendência no Sistema Tribunais de Contas brasileiro e tem sido fomentada por diversas entidades, como a Secretaria do Tesouro Nacional (STN), o Instituto Rui Barbosa (IRB), o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon), o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), a Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon) e o Banco Mundial.

De acordo com as Normas Internacionais das Entidades Fiscalizadoras Superiores aplicáveis ao tema, o propósito de uma auditoria de demonstrações financeiras é aumentar o grau de confiança dos usuários por meio de opinião que forneça razoável segurança quanto à existência ou não de distorções relevantes nas informações financeiras divulgadas.

Com essas ações fiscalizatórias, o TCE-PR busca aumentar a transparência, a credibilidade e a utilidade das prestações de contas, assegurando assim aos cidadãos e seus representantes informações fidedignas sobre a gestão orçamentária, financeira e patrimonial dos entes municipais.

Fonte: TCE-PR (Tribunal de Contas do Estado do Paraná)

quinta-feira, 4 de agosto de 2022

Integralização de imóveis públicos em fundos de investimento não configura despesa ou receita orçamentária, afirma TCU.


O Tribunal de Contas da União (TCU) analisou, na sessão de 3/8, consulta formulada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a integralização de imóveis públicos em cotas de fundos de investimento imobiliário (FII). O questionamento dizia respeito especificamente à necessidade de a transação configurar (ou não) despesa ou receita orçamentária.

O ministro Jorge Oliveira, relator do processo, destacou a importância do tema: “o desafio de gerir o patrimônio imobiliário da União requer competência e criatividade. São mais de 700 mil imóveis, no valor aproximado de R$ 1,34 trilhão. Parte desse vasto conjunto é formada por terrenos, prédios e unidades habitacionais que, um dia, foram úteis à administração, mas já não despertam interesse, consumindo vultosos recursos públicos em contratos de vigilância e manutenção ou ficando à mercê de invasões e depredações”.

Uma das estratégias do Governo Federal para enfrentar a situação é a constituição de fundos de financiamento imobiliário, de natureza privada, mediante a integralização de imóveis da União. Dessa forma, a gestão dos imóveis é transferida para especialistas, que poderão dispor deles da forma que for mais conveniente: venda para terceiros, reforma, edificação ou locação. Em troca, a União recebe cotas dos fundos, beneficiando-se dos seus resultados.

Após discussão, os ministros concluíram que a integralização de imóveis em cotas de fundos de investimento imobiliário é uma espécie de transação que não requer nem dotação e execução orçamentária, nem previsão e reconhecimento de receita orçamentária. O colegiado destacou, no entanto, a necessidade de a integralização constar na Lei Orçamentária Anual quando houver aporte de recursos financeiros. Além disso, no recebimento dos rendimentos pagos pelo fundo e na realização ou vencimento das cotas de participação pertencentes à União, deve haver o registro da receita orçamentária.

O ministério da Economia também deve garantir a transparência da transação, por meio do registro em contas patrimoniais específicas e da disponibilização de informações nos balanços da União.

Confira a íntegra da decisão: TC 044.220/2021-9

Fonte: TCU - Tribunal de Contas da União

terça-feira, 2 de agosto de 2022

Auditoria Interna x Segundas Linhas: quem dá mais?

Por: Francisco Eduardo de Holanda Bessa*


A auditoria interna é definida pela Controladoria-Geral da União (CGU), a partir do texto também adotado pelo IIA (The Institute of Internal Auditors) como uma "atividade independente e objetiva de avaliação e de consultoria, desenhada para adicionar valor e melhorar as operações de uma organização".

A CGU orienta que as auditorias internas governamentais devem "apoiar os órgãos e as entidades do Poder Executivo Federal na estruturação e efetivo funcionamento da primeira e da segunda linha de defesa da gestão, por meio da prestação de serviços de consultoria e avaliação dos processos de governança, gerenciamento de riscos e controles internos" (parágrafo 16 da já citada IN nº 3/2017).

Ao especificar a prática de consultoria, a CGU indica que se tratam de "atividades de assessoria e aconselhamento", que devem "abordar assuntos estratégicos da gestão, como os processos de governança, de gerenciamento de riscos e de controles internos...”(parágrafo 18).

Aqui parece haver a necessidade de que as posições sejam melhor definidas, pois assessoria e aconselhamento também parecem ser atribuições das 2as linhas, áreas que passam a ser gradualmente estruturadas nos órgãos públicos, exatamente para prestar liderança e assessoramento nos temas de riscos e controles. A mesma norma da CGU indica que as "segundas linhas" são destinadas a "apoiar o desenvolvimento dos controles internos da gestão" e realizar atividades de supervisão e de monitoramento do "gerenciamento de riscos, conformidade, verificação de qualidade, controle financeiro, orientação e treinamento."

Em revisão feita pelo IIA em 2020 sobre o chamado "modelo de 3 linhas", a 2a linha é apresentada com o papel de efetuar o "desenvolvimento, implantação e melhoria contínua das práticas de gerenciamento de riscos (incluindo controle interno) nos níveis de processo, sistemas e entidade" e ainda "fornecer análises e reportar sobre a adequação e eficácia do gerenciamento de riscos (incluindo controle interno)".

Ou seja, a auditoria interna (3a linha) pode oferecer assessoramento (notadamente pela atividade de consultoria), mas as 2as linhas são definidas como instâncias especializadas em riscos (e controles), vocacionadas essencialmente ao assessoramento, apoio e monitoramento. Haveria então uma sobreposição de papéis entre a 2a e a 3a linha? As organizações (especialmente no setor público) de fato carecem dessa aparente overdose de assessoramento em riscos e controles?

Um caminho para tentar alcançar a síntese dessa questão talvez seja considerar que as 3as linhas tem um papel consultivo mais pontual (ainda que focado nas questões estratégicas), pactuado no caso a caso com a gestão da organização. Aqui vale o elemento distintivo. Ainda que a auditoria interna esteja engajada e comprometida com a geração de valor, não se trata de uma instância de gestão, mas de suporte à governança das organizações. Esse distanciamento regulamentar é imperativo, uma vez que as auditorias internas vinculam-se à instância máxima de governança das organizações e não às áreas de gestão, ainda que a elas se reportem em suas atividades cotidianas.

Já as 2as linhas são estruturas de gestão e reportam diretamente aos executivos de uma organização. As 2as linhas cumprem um papel de assessoramento cotidiano em riscos (e controles) e não executam atividades de auditoria. As 2as linhas não podem (não devem) posicionar-se de forma distanciada, podendo eventualmente colocar a "mão na massa" com as áreas de negócios (1as linhas) no esforço de revisitar parâmetros utilizados para aferir riscos e critérios para definir respostas mais adequadas a tais riscos (inclusive controles).

Os documentos doutrinários produzidos pela CGU e pelo IIA são fundamentais para possibilitar a operação orgânica das áreas de 2a linha e da própria auditoria interna. Mas não basta que os profissionais de controle (2a ou 3a linha) tenham a clareza normativa e doutrinária sobre seu próprio papel. É preciso que os papéis, estruturas e práticas de controle, que visam em última análise ao fortalecimento e amadurecimento da governança, sejam disseminados junto à gestão (especialmente os executivos do chamado "C-Level").

Para as instâncias de governança em cada organização e para os gestores executivos interessa muito pouco se o assessoramento e consultoria está sendo prestado pela auditoria interna ou pelas áreas de 2a linha. Importa antes de tudo que riscos importantes estejam sendo acompanhados e que os controles necessários (e na medida certa) estejam em operação.

À 3ª linha cabe um olhar avaliativo (ou consultivo, pontualmente) com “zoom” mais alargado, sem os efeitos passionais derivados do natural engajamento executivo. Às 2as linhas cabe o assessoramento e monitoramento cotidiano, com ações executivas imediatas. O exercício de complementaridade é essencial, condição para o amadurecimento da governança e da gestão nas organizações.

Fonte: Linkedin
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Chefe da Assessoria Especial de Controle Interno no Ministério da Economia
Auditor na Controladoria-Geral da União
Professor na UPIS