quarta-feira, 31 de julho de 2013

CGU conclui relatório de avaliação da gestão do Fundeb.

O Relatório de Avaliação da Execução de Programas de Governo (AEPG) do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), elaborado pela Controladoria-Geral da União (CGU), revela que, nos quatro estados e 120 municípios fiscalizados na amostra, foram detectados casos de professores recebendo valores abaixo do piso nacional e, em vários municípios, foram verificadas despesas incompatíveis com o objetivo do Fundeb, além de irregularidades em licitações.

Segundo o relatório, na maioria dos estados e municípios fiscalizados, o respectivo Conselho de Acompanhamento e Controle Social encontra-se estruturado, apresentando, no entanto, fragilidades no acompanhamento da execução dos recursos do fundo e na supervisão da realização do censo escolar. O
relatório na íntegra está disponível no site da CGU. Cabe destacar algumas situações apontadas no relatório, no campo “Resultado”, cujos percentuais referem-se ao universo fiscalizado pela CGU na avaliação:

• em 58,89% dos entes fiscalizados, houve a realização de despesas incompatíveis com o objeto do Fundo;

• em 41,12% houve a ocorrência de montagem, direcionamento e simulação de processos licitatórios;

• em 41,93% foram efetuados pagamentos em desconformidade com a legislação;

• em 16,9% foi detectada a ocorrência de saque “na boca do caixa”;

• em relação aos conselhos de acompanhamento e controle social, 33,06% deles não acompanharam a execução dos recursos do Fundo, e 48,38% não supervisionaram a realização do censo escolar; e

• 49,19% dos conselhos visitados não receberam capacitação no período examinado.

Criado em 2006, em substituição ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), o Fundeb é um fundo especial, de natureza contábil e de âmbito estadual/distrital composto, a título de complementação, por recursos federais, sempre que, no âmbito de cada estado ou do Distrito Federal, seu valor por aluno não alcançar o mínimo definido nacionalmente. Todos os recursos do Fundeb devem ser aplicados exclusivamente na educação básica, e o fundo envolve, atualmente, recursos globais (somados todos os entes) da ordem de mais de R$ 100 bilhões anuais.

Esses dados poderão servir de suporte, inclusive, para a revisão do Fundeb em curso, prevista no inciso VI do art. 30, da lei 11.494/2007.

Para acessar o relatório do Fundeb, e os outros já publicados, basta utilizar a ferramenta “Pesquisa de Relatórios”, disponível no site da CGU, seção Controle Interno,
clicando na aba “Linha de Atuação”, opção “Avaliação da Execução de Programas de Governo/Relatório de Avaliação”.                        

Fonte: Assessoria de Comunicação Social da Controladoria Geral da União
 

terça-feira, 30 de julho de 2013

PNUD divulga ranking dos municípios com melhor e pior qualidade de vida no Brasil.

A pesquisa Atlas Brasil 2013 é um estudo econômico e social sobre todas as cidades do país e serve para subsidiar políticas de desenvolvimento local.
 
 
 
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) divulgou ontem (29) os resultados da pesquisa Atlas Brasil 2013, que apresenta o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de todas as 5.565 cidades brasileiras. A pesquisa foi desenvolvida em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro. A novidade da edição deste ano é que seus resultados serão disponibilizados por meio de uma plataforma digital, gratuita e acessível: o Atlas do Desenvolvimento Humano 2013 (acesse aqui) .
 
O IDHM é resultado da análise de mais de 180 indicadores com dados extraídos dos censos demográficos de 1991, 2000 e 2010. A partir destes dados é realizada uma média geométrica que envolve expectativa de vida ao nascer, escolaridade da população adulta, fluxo escolar da população jovem e renda per capta. 
 
Os resultados constataram desigualdades entre os municípios. O IDHM do município com melhor resultado, São Caetano do Sul (SP), é quase o dobro de Melgaço (PA), considerado o pior. O estudo também aponta desigualdades entre as regiões. Os vinte municípios com pior IDHM estão nas regiões Norte e Nordeste. Já na lista dos vinte melhores, além da capital Brasília, todos os outros são municípios do Sul e Sudeste. Ainda assim, as cidades do Norte e Nordeste apresentaram melhora nas condições de desenvolvimento humano entre 1991 e 2010, e reduziram a distância para os mais desenvolvidos.
 
Desempenho por estados
 
O Distrito Federal é a Unidade da Federação (UF) com o IDHM mais elevado (0,824) e se destaca também como o único do grupo a figurar na faixa de Muito Alto Desenvolvimento Humano. Além disso, o DF tem o maior IDHM Renda (0,863), o maior IDHM Educação (0,742) e o maior IDHM Longevidade (0,873) entre as UFs. Na outra ponta, Alagoas (0,631) e Maranhão (0,639) são os estados com menor IDHM do país. 
 
Na comparação feita entre as UFs, constata-se que a diferença entre o maior e o menor IDHM do grupo recuou 25,5% entre 1991 (0,259) e 2010 (0,193). A maior redução nas disparidades foi encontrada no IDHM Longevidade, onde a diferença caiu 41,6% (de 0,202 em 1991 para 0,118 em 2010). A queda na diferença entre o maior e o menor IDHM Educação foi a segunda maior: 15,9%, de 0,264 (1991) para 0,222 (2010). No IDHM Renda, a queda foi de 11,6% pela mesma comparação, passando de 0,284 (1991) para 0,251 (2010).
 
A redução na diferença entre os maiores e menores IDHMs dos estados e DF mostra que as Unidades da Federação conseguiram reduzir as desigualdades entre si em termos de desenvolvimento humano. 
 
Apesar disso, os estados do Sul e Sudeste continuam com IDHM e subíndices superiores aos do Brasil – com exceção de Minas Gerais (0,730) que, na dimensão Renda, encontra-se abaixo do IDHM Renda do país (0,739). Todos os estados do Norte e Nordeste têm IDHM e subíndices menores que os do Brasil.
 
Confira o ranking por estado.
 
Brasil registra aumento de 47,8% no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal entre 1991 e 2010
 
A análise geral do IDHM revela que nos últimos 20 anos o Brasil quase dobrou seu IDHM, passando de 0,493, em 1991, — considerado muito baixo — para 0,727, em 2010, conforme o Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013. O crescimento registrado no período é de 47,8% no IDHM.
 
Em 1991, 85,5% das cidades brasileiras tinham IDHM considerado muito baixo. Em 2010, o percentual passou para 0,6% dos municípios. De acordo com o levantamento, em 2010, o índice de municípios com IDHM considerado alto e médio chegou a 74%, enquanto em 1991, não havia nenhuma cidade brasileira com IDHM considerado alto e 0,8% apresentavam índice médio.
 
O principal responsável pelo crescimento do índice absoluto brasileiro é o IDHM Longevidade, que acumulou alta de 23,2%, entre 1991 e 2010. Com o crescimento, a expectativa de vida do brasileiro aumentou em 9,2 anos, passando de 64,7 anos, em 1991, para 73,9 anos, em 2010. 

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Pareceres das prestações de contas do Pnae e Pnate devem ser enviados até o dia 9.


Os pareceres referentes às prestações de contas dos Programas de Alimentação Escolar (Pnae) e de Transporte Escolar (Pnate) devem ser enviados até o dia 9 de agosto. Os responsáveis por este envio são os presidentes dos Conselhos de Alimentação Escolar (CAE) e de Acompanhamento e Controle Social do Fundeb (Cacs).
 
A Confederação Nacional de Municípios alerta: os pareceres são referentes aos dados de 2012.  Os conselhos sociais devem seguir diretrizes estabelecidas pela Resolução 24, do Conselho Deliberativo do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), publicada no Diário Oficial da União (DOU), no dia 14 de junho. Ela estabelece os critérios de envio da prestação de contas.
 
Outra orientação da CNM é para que antes de entrar no Sistema de Gestão de Conselhos (Sigecon), os gestores enviem as prestações de contas dos programas federais para o Sistema de Gestão de Prestação de Contas (SiGPC). Após esse envio, compete ao respectivo conselho social emitir parecer conclusivo sobre as contas, por meio do sistema que está disponível no portal eletrônico do FNDE.
 
Competências do Cacs e CAE

O Cacs e CAE desempenham competências específicas, definidas em lei federal. Cabe a esses conselhos executar o acompanhamento e a fiscalização da aplicação dos recursos recebidos por meio da elaboração de pareceres positivos ou negativos, sobre as despesas de execução dos programas federais pelos governos estaduais ou municipais.
 
 
 
 
O Cacs-Fundeb acompanha e controla a distribuição dos recursos do Fundo, além do repasse dos recursos e a análise da prestação de contas do Pnate.
 
O CAE tem a finalidade de cuidar da qualidade dos alimentos utilizados na merenda escolar, desde a aquisição até à distribuição aos alunos. Ele também fiscaliza a aplicação dos recursos recebidos à conta desse programa.
 
Papel dos Municípios

Para o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, é importante que os Municípios estejam atentos e acessem com frequência o portal do FNDE, para que não percam os prazos definidos para apresentação das prestações de contas dos programas federais. O objetivo é evitar a situação de inadimplência e suspensão dos repasses desses recursos.
 
Para acesso ao Sigecon 
 
Para acesso ao Sigpc 
 
Entenda detalhes  sobre a prestação de contas

Fonte: Confederação Nacional dos Municípios

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Prof. Jorge de Carvalho ministrará curso sobre Demonstrações Contábeis na Bahia, neste final de semana.


O titular deste Blog terá a honra e a alegria de estar em Salvador/BA, sua terra natal, nos próximos dias 27 e 28 de julho, para ministrar o Módulo II do curso de Contabilidade Aplicada ao Setor Público organizado pela FUNDACEM, UPB (União dos Municípios da Bahia) e UNIBAHIA, sob a coordenação do Professor Daniel Arruda.
 
No Módulo II serão abordadas especificamente as Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público, a saber: Balanço Orçamentário, Balanço Financeiro, Balanço Patrimonial, Demonstração das Variações Patrimoniais, Demonstração dos Fluxos de Caixa, Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido e Notas Explicativas, de acordo com a nova estrutura disseminada pela Portaria STN nº 438/2012, que alterou os anexos da Lei 4.320/64. Será discutida ainda a Demonstração do Resultado Econômico, que atualmente integra a NBC T 16.11 (custos).
 
No curso será enfatizada a necessidade do adequado tratamento contábil dos atos e fatos na sua "entrada", ou seja, como devem ser registrados os fenômenos orçamentários, patrimoniais e de compensação diante dos novos aspectos introduzidos pela convergência aos padrões internacionais, de forma que as "saídas de informações", traduzidas nas demonstrações contábeis, constituam ferramenta útil, oportuna e fidedigna à tomada de decisão pelos gestores, à prestação de contas aos órgãos de controle e à instrumentalização do controle social.

SECOT Fortaleza apoia campanha pela aprovação da PEC 45.

A Secretaria da Controladoria e Transparência de Fortaleza (SECOT) está apoiando a campanha pela aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 45/2009. A PEC, relatada pelo senador cearense Inácio Arruda, tem como principal objetivo ampliar a transparência e o combate à corrupção, além de fortalecer o controle interno dos órgãos públicos.
 
A PEC 45/2009, que foi aprovada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado em abril de 2012, adiciona o inciso XXIII ao artigo 37 da Constituição Federal, que fala sobre o Sistema de Controle Interno (SCI).  A PEC 45 determina as quatro principais funções do SCI: controladoria, auditoria, correição, ouvidoria e organização dos órgãos de controle interno em carreira específica.
 
“Uma das principais bandeiras levantadas pelo prefeito Roberto Cláudio é a transparência. A PEC 45 vai reforçar esse desejo dele e de todos que compõem a Prefeitura de Fortaleza. Além disso, o trabalho da SECOT será reforçado com a ampliação do combate à corrupção e o fomento à transparência”, declarou Marlon Cambraia, titular da Secretaria da Controladoria e Transparência de Fortaleza.
 
A campanha para a aprovação da PEC 45, de autoria do ex-senador Renato Casagrande, atual governador do Estado do Espírito Santo, começou na 7ª Reunião Técnica do Conselho Nacional de Controle Interno (Conaci), realizada em junho passado, em Vitória (ES), com a anuência de todos os filiados, incluindo a SECOT.
 
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Informações para a imprensa:

Assessoria de Comunicação CONACI:  Aline Cesconetto  -  Contato

Texto:Mário Kempes
E-mail: mario.kempes@fortaleza.ce.gov.br
Telefone: (85) 3452-6778 | Fax: (85) 3452-6776
Produção: Tríade Comunicação | (27) 3225-0099

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Gestores já podem registrar as prestações de contas de convênios no Contas Online.


As prestações de contas de convênios vencidas no período de 01 de janeiro de 2012 a 30 de junho de 2013 já podem ser registradas no Sistema de Gestão de Prestação de Contas (SiGPC), também conhecido como Contas Online.
 
Para auxiliar os responsáveis pelo registro dessas prestações de contas, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) também disponibilizou em seu portal, no espaço SiGPC, um roteiro para orientar o cadastramento das informações.
 
O prazo para o recebimento das prestações de contas será de até 60 dias a partir da habilitação da funcionalidade "Enviar" da respectiva transferência. Essa funcionalidade está prevista para o fim de agosto. Por isso, é importante que todos os beneficiados fiquem atentos aos prazos e acessem rotineiramente o sistema e o portal do FNDE, onde as informações serão veiculadas.
 
Para obter mais esclarecimentos sobre o Contas Online, basta entrar em contato com o Atendimento Institucional do FNDE pelo telefone 0800-616161 (opção 2) ou ainda pelo Fale Conosco, disponível na página do FNDE.
 
Fonte: Assessoria de Comunicação Social do FNDE

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Mais Médicos: 33% dos municípios do país já se inscreveram.

Até segunda-feira (22), 1.874 das 5.564 cidades brasileiras aderiram ao programa. Desses, 671 estão entre os municípios prioritários. As inscrições seguem abertas até 25 de julho.


O Programa Mais Médicos registrou 1.874 municípios inscritos em todo o país até esta segunda-feira (22). O número equivale a 33% do total de 5.564 municípios brasileiros. Entre os 1.290 municípios prioritários, 671 já aderiram. As inscrições seguem abertas até 25 de julho, à meia-noite.


Todos os municípios do país podem aderir ao programa. Porém, os médicos serão encaminhados prioritariamente para municípios e regiões metropolitanas com alta vulnerabilidade social ou Distritos Sanitários Especiais Indígenas que tiverem se inscrito no programa.

Nesta semana, autoridades do governo federal percorreram todas as regiões do país, se reunindo com prefeitos e secretários de Saúde, para mobilizar os municípios a participarem do Mais Médicos. O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e outros representantes do ministério estiveram em Salvador (BA), Montes Claros (MG), Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), Recife (PE), São Paulo (SP), Belém (PA), Manaus (AM) e São Luís (MA). 
 
No Maranhão, Padilha contou com o apoio do ministro do Turismo, Gastão Vieira. A ministra-chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, esteve em Curitiba (PR) e em Porto Alegre (RS) divulgando o programa.

“O Mais Médicos vai ajudar a fortalecer a atenção básica, que é capaz de resolver 80% dos problemas de saúde sem a necessidade de recorrer a um hospital. E o que faz diferença no atendimento à população é o médico presente na unidade básica de saúde perto de casa. Não se faz saúde sem bons profissionais”, esclarece o ministro.

Lançado pela presidenta da República Dilma Rousseff no dia 8, o Programa Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), com objetivo de acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde e ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país, como os municípios do interior e as periferias das grandes cidades.

Em todo o país, o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação estão investindo R$ 15 bilhões até 2014 na infraestrutura da rede pública de Saúde. Deste montante, R$ 7,4 bilhões já estão contratados para construção de 818 hospitais, 601 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) e de 16 mil unidades básicas. Outros R$ 5,5 bilhões serão usados na construção, reforma e ampliação de unidades básicas e UPAs, além de R$ 2 bilhões para 14 hospitais universitários.

O Programa Mais Médicos prevê, também, a criação de 11,5 mil novas vagas de Medicina e 12 mil de residência em todo o país, além do aprimoramento da formação médica no Brasil com a inclusão de um ciclo de dois anos na graduação em que os estudantes atuarão no Sistema Único de Saúde (SUS).

DIAGNÓSTICO – O programa Mais Médicos é um estímulo para a ida de médicos para os municípios do interior e para as periferias das grandes cidades, onde é maior a carência por este serviço. O Brasil tem oferta desta mão-de-obra menor que países como Argentina, México, Inglaterra, Portugal e Espanha.

Do ponto de vista regional, a situação é mais crítica: 22 estados estão abaixo da média nacional, sendo que cinco têm menos de um médico para cada grupo de mil habitantes.

INSCRIÇÕES - As inscrições no Mais Médicos podem ser feitas pelo site do Ministério da Saúde, www.saude.gov.br . No cadastro, os prefeitos e secretários de saúde devem indicar as unidades básicas de saúde de suas regiões em que há falta de médicos. No dia 26, será publicado o total de vagas existentes em cada cidade inscrita. E, até dia 28, os médicos brasileiros inscritos no programa poderão escolher o município onde querem atuar.

Em 1º de agosto será divulgada a relação de profissionais com registro profissional no Brasil que terão de homologar a participação e assinar um termo de compromisso até 3 de agosto. Dois dias depois, as escolhas serão validadas no Diário Oficial da União. As vagas remanescentes serão divulgadas em 6 de agosto. O processo de escolha nesta segunda etapa vai até 8 do mesmo mês e os resultados serão publicados em 13 de agosto.

Os profissionais que atuarão no programa receberão bolsa federal de R$ 10 mil, paga pelo Ministério da Saúde, mais ajuda de custo, e farão especialização em atenção básica durante os três anos do programa. Os municípios ficarão responsáveis por garantir moradia e alimentação aos médicos, além de ter de acessar recursos do ministério para construção, reforma e ampliação das unidades básicas. A prioridade nas vagas será de médicos brasileiros, e somente as que não forem preenchidas serão oferecidas aos estrangeiros.

Fonte: Ministério da Saúde

terça-feira, 23 de julho de 2013

Governo anuncia medidas para consolidar pacto pela responsabilidade fiscal.


A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciaram na segunda-feira (22) as medidas adotadas pelo governo federal para consolidar o pacto pela responsabilidade fiscal. Segundo o ministro da Fazenda, o ajuste fiscal feito pelo governo ficará no patamar de R$ 10 bilhões no orçamento de 2013. Este valor será somado ao contingenciamento de R$ 28 bilhões, que já havia sido realizado no início do ano. “O objetivo dessas medidas é melhorar a qualidade do gasto público, reforçar o resultado fiscal do Governo Central e tornar mais transparentes as medidas para atingir o resultado fiscal desejado”, resumiu.
 
A declaração foi dada durante o anúncio do decreto de reprogramação orçamentária do terceiro trimestre do ano, realizado no auditório do Ministério do Planejamento. “O superávit primário está garantido com o contingenciamento de R$ 28 bilhões e estamos aumentando em R$ 10 bilhões”, disse. “Estamos fazendo um reforço adicional para buscar um resultado fiscal mais satisfatório”, completou Mantega.
 
O Ministro da Fazenda acrescentou ainda que as medidas irão contribuir para a realização do pacto de responsabilidade feito pelo governo. Segundo Mantega, a redução de gastos permitirá a criação de uma reserva eventual adicional de resultado primário para Estados e municípios.
 
Fonte: Portal Federativo

segunda-feira, 22 de julho de 2013

CGE-PI pede apoio da bancada federal para aprovação da PEC 45.


O Controlador Geral do Estado, Darcy Siqueira, encaminhou na semana passada ofícios aos três senadores piauienses, João Vicente Claudino (PTC), Ciro Nogueira (PP) e Wellington Dias (PT), solicitando apoio para a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 45/2009. A PEC já foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), do Senado Federal e institui um novo marco regulatório para o Controle Interno da Administração Pública.
 
Durante a VII Reunião Técnica do Conaci (Conselho Nacional de Controle Interno), realizada nos dias 27 e 28 de junho de 2013, em Vitória/ES, os titulares dos órgãos de Controle Interno do Poder Executivo das três esferas de governo discutiram a necessidade das bancadas federais de cada Estado intercederem favoravelmente na aprovação da PEC.
 
Como resultado do encontro, foi escrita a Carta do Espírito Santo, endereçada à presidente da República, aos presidentes da Câmara Federal e do Senado, e assinada por todos os controladores estaduais presentes, destacando a importância da aprovação da PEC 45.
Clique aqui e leia a Carta na íntegra.
 
Darcy Siqueira lembrou que cabe ao controle interno zelar pela aplicação regular dos recursos públicos. “Uma das funções do Controle Interno é orientar os gestores quanto às melhores práticas administrativas, visando assegurar a eficiência dos gastos e a qualidade dos serviços prestados à população”, afirmou o Controlador Geral do Estado.
 
A PEC 45 determina a essencialidade do controle interno para o funcionamento da Administração Pública e define as funções típicas para o exercício do controle interno. Além disso, a Proposta estabelece a vinculação do exercício das funções de controle interno por servidores públicos organizados em carreiras específicas.
 
Para Darcy Siqueira, a aprovação da PEC vai contribuir para atender aos reclames da população, que exige uma nova postura dos agentes na gestão da coisa pública, ampliando a transparência e combatendo a corrupção.

Fonte: Controladoria Geral do Estado do Piauí (Escrito por Savia Lorena Barreto de Sousa)

domingo, 21 de julho de 2013

Vitória-ES: Controladoria edita “Calendário Municipal de Obrigações 2013".


O município possui inúmeras obrigações, todas estabelecidas em leis e regulamentações, que determinam aos gestores públicos observar prazos para apresentação de informações aos órgãos competentes.
 
Com o objetivo de contribuir com o efetivo cumprimento desses prazos e com a boa gestão dos recursos orçamentários, a Controladoria Geral do Município (CGM) de Vitória-ES editou o Calendário de Obrigações 2013. Nesse documento estão relacionadas as obrigações do Executivo municipal, bem como a lista dos órgãos requisitantes, o embasamento legal e o prazo para o cumprimento das ações.
 
O Calendário Municipal de Obrigações 2013 foi elaborado pelos técnicos da CGM após uma ampla pesquisa na legislação federal, estadual e municipal. O trabalho envolveu o mapeamento das obrigações, dos órgãos requisitantes, da base legal e dos prazos limites nos quais as informações devem ser encaminhadas.
 
Nos próximos anos, a CGM irá disponibilizar o calendário no início de cada exercício financeiro, de modo que os gestores possam preparar as informações com antecedência.
 
Como exemplo dessas obrigações, destacam-se: o cadastramento de dívida ativa interna e externa; o encaminhamento da relação de precatórios ao Tribunal de Contas do Espírito Santo (TCE-ES), o encaminhamento de projeto de lei orçamentária anual (LOA), a prestação de contas do Executivo municipal, a disponibilização de informações da Secretaria de Saúde ao Ministério da Saúde, entre outras.
 
De acordo com o secretário da CGM, Luís Fernando Mendonça Alves, na edição anual do calendário o gestor vai encontrar informações importantes para que esteja em dia com suas obrigações junto aos diversos órgãos. “Esta é uma ferramenta que a CGM apresenta para facilitar a administração dos compromissos municipais, evitando atrasos e possíveis sanções”, disse.

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Informações para a imprensa:
Assessoria de Comunicação CONACI:  Aline Cesconetto  -  
Contato
Texto: Danielly Medeiros – CGM Controladoria Geral do Município 
E-mail: dmedeiros@vitoria.es.gov.br
Telefone: (27) 3382-6060
 Produção: Tríade Comunicação | (27) 3225-0099

sábado, 20 de julho de 2013

CGU lança concurso de boas práticas de controle e de transparência.



Com o objetivo de estimular, reconhecer e premiar ações que promovam melhorias efetivas dos controles internos dos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, bem como o incremento da transparência dos atos por ela praticados, foi lançado o “I Concurso de Boas Práticas da Controladoria-Geral da União”. As inscrições podem ser feitas no período de 15 de julho a 13 de setembro.

O concurso é uma iniciativa da CGU para fortalecer a gestão pública por meio da premiação de boas práticas nas áreas de controle interno e de transparência pública, entendidas como medidas que possibilitam uma gestão mais eficaz, eficiente e aderente aos princípios da Administração Pública. Poderão concorrer trabalhos apresentados por órgãos e entidades do Poder Executivo Federal de todo o país. Serão premiadas as três melhores práticas em duas categorias: “Aprimoramento dos controles internos administrativos” e “Promoção da transparência”.

O concurso é composto de cinco etapas: inscrição, pré-avaliação, avaliação in loco, julgamento e premiação. Critérios como aplicabilidade, criatividade e inovação, simplicidade e utilidade, por exemplo, serão levados em conta no julgamento. Para realizar a inscrição, os interessados devem preencher a "Ficha de Inscrição", constante do Anexo III do regulamento, e enviá-la, em formato PDF, para o e-mail: praticas.concurso@cgu.gov.br.

O “Concurso de Boas Práticas da Controladoria-Geral da União” atende ao disposto na Portaria CGU nº 1.276, de 11/07/2013, publicada na Seção I (p. 16-18) do Diário Oficial da União de 12/07/2013.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social da Controladoria Geral da União 

terça-feira, 16 de julho de 2013

Novos analistas de controle interno começam hoje curso de capacitação.



Os 43 analistas de controle interno recém-empossados pela Secretaria de Estado de Fazenda iniciaram nesta segunda-feira, 15 de julho, o programa de capacitação, realizado pela Escola Fazendária. No curso, os servidores vão saber, entre outros pontos, como funciona a rotina da Secretaria e conhecer os valores e princípios éticos adotados pela Sefaz.

Os novos analistas, aprovados no concurso realizado em duas etapas, ou seja, fevereiro e abril deste ano, foram recepcionados pelo secretário de Fazenda Renato Villela, subsecretário Geral Paulo Tafner, auditor Geral do estado Eugênio Manuel da Silva Machado e contador Geral do estado Francisco Pereira Iglesias. O secretário Renato Villela falou da satisfação em ter mais uma turma de analistas de controle interno ingressando nos quadros de servidores estaduais e relembrou que o momento que o Estado do Rio vive é especial e os desafios são, portanto, imensos. Afirmou que confia na turma que ora chega e que esse era o primeiro de muitos cursos e treinamentos que serão disponibilizados para os novos servidores, pois a capacitação de recursos humanos é uma prioridade na Secretaria de Fazenda. Ao se despedir, declarou: “É mais uma turma de excelência que chega para contribuir com ações para o desenvolvimento ainda maior do estado”.

O subsecretário Geral Paulo Tafner parabenizou os novos analistas e ressaltou que estão entrando em um momento muito importante e desafiador, já que a Secretaria de Fazenda está implantando um novo sistema de Administração fiscal.

A mais nova analista de controle interno Débora Tavares, primeira colocada no concurso público, agradeceu a oportunidade e afirmou que vai “usar o mesmo empenho e a mesma dedicação para trabalhar na Sefaz visando o crescimento do Rio de Janeiro”.

O curso de capacitação vai durar cinco dias e os analistas terão aulas sobre diversos temas, tais como estrutura organizacional da Sefaz, orçamento do estado e educação fiscal.

Fonte: Secretaria de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Contabilidade e auditoria rimam com seriedade e democracia.

Por Eduardo Pocetti*


O Ano da Contabilidade no Brasil, 2013, é oportuno para que a população conheça melhor o significado do trabalho dos 484.583 profissionais da área e dos 10 mil auditores que atuam em 110 empresas do setor existentes no País. Trata-se de atividade essencial para a eficácia da gestão, transparência, confiabilidade dos balanços, exercício eficiente da responsabilidade fiscal e, portanto, do sucesso dos negócios na iniciativa privada e da qualidade dos Serviços no setor público, preceitos fundamentais na democracia.

Assim, é muito feliz a iniciativa do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) de instituir o ano comemorativo neste momento em que o Brasil precisa da eficiência de suas empresas e da administração pública para enfrentar a crise econômica mundial, retomar crescimento substantivo e consolidar os avanços das duas últimas décadas. Nada disso seria possível sem contabilidade e auditoria, presentes desde os primórdios da aventura econômica da humanidade. Para entender mais claramente a sua importância, vale a pena navegarmos um pouco na síntese de sua história.

Didaticamente, podemos dividir o desenvolvimento do pensamento contábil em quatro períodos: o primeiro vai do início da civilização até o Liber Abaci (Livro do Ábaco), do italiano Leonardo Fibonacci, em 1202, ou seja, abrangendo a Antiguidade e parte da Idade Média; o segundo é compreendido entre 1202 a 1494, quando foi publicado o Tractatus de Computis et Scripturis (Contabilidade por Partidas Dobradas), do frei italiano Luca Pacioli, considerado o pai da contabilidade, que deu origem à sistematização dos registros; segue-se, de 1494 a 1840, a fase que compreende o Renascimento e a Revolução Industrial, na qual as ciências contábeis ajudaram a estabelecer o controle das riquezas do Novo Mundo. Em 1840, com La Contabilità Applicatta alle Amministrazioni Private e Pubbliche, do também italiano Francesco Villa, iniciou-se a quarta etapa. Quanto à auditoria, se estabeleceu como profissão, inicialmente na Inglaterra, no momento em que o contador deixou de prestar Serviços a uma única organização para assessorar colegas, mercadores e maior número de empreendimentos.

O primeiro curso de contabilidade no Brasil foi a Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado, surgida em 1902, em São Paulo. Em 1946, o Decreto-Lei n° 9.295 criou o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e definiu o perfil dos contabilistas: contadores eram os graduados em cursos universitários de Ciências Contábeis; técnicos em contabilidade, os formados em escolas técnicas comerciais. Outros dois marcos da contabilidade e da Auditoria no País ocorreram em 1976: a nova Lei das S.A (n° 6.404); e a Lei n° 6.385, que criou a Comissão de valores mobiliários (CVM). Seu artigo 26 determina que somente os auditores independentes registrados na CVM podem auditar demonstrações contábeis das companhias abertas e integrantes do mercado mobiliário. O Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon), criado em 1971, formula normas e princípios.

A contabilidade brasileira, alinhada às normas internacionais, é fiadora da transparência e da prestação de contas à sociedade. Na auditoria, os profissionais são agentes de sustentação da governança corporativa, contribuindo para a transparência e confiabilidade da gestão empresarial e do mercado de capitais.

Ao realizar seu trabalho, o auditor está sempre atento às eventuais evidências de problemas, embora nem sempre tenha acesso à totalidade das informações. Afinal, quando os gestores de uma empresa ou instituição financeira desejam praticar fraudes, a primeira pessoa que precisam ludibriar é o auditor. Nesses casos, portanto, apresentam documentação e dados paralelos e/ou incompletos aos profissionais, que não têm o poder de polícia para investigar e nem o de fiscal para exigir papéis. Apesar disso, são recorrentes as ações preventivas e intervenções bem-sucedidas das auditorias no sentido de evitar que organizações lesem os seus sócios, clientes e a Economia popular.

Cada vez mais, e dentro dos limites da lei, contadores e auditores buscam aperfeiçoar seu trabalho para reduzir a Ação de maus administradores. Esse é um compromisso perene da categoria com o Brasil e a sociedade.

*Fonte: Classe Contábil
*Eduardo Pocetti, 58, graduado em Contabilidade pela Escola de Comércio Álvares Penteado (ECAP) e pós-graduado em Administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), é o presidente do Instituto de Auditores Independentes do Brasil (IBRACON).

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Prof. Jorge de Carvalho finaliza curso sobre CASP para a Marinha do Brasil.



O titular deste Blog finalizou hoje (03/07) o curso de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, destinado aos servidores da Diretoria de Finanças da Marinha do Brasil, localizada no Centro do Rio de Janeiro.

Organizado pela Fundação CEPERJ, o curso teve carga horária de 30 (trinta) horas/aulas, sendo abordados os principais aspectos inovadores decorrentes do processo de convergência da contabilidade governamental nacional aos padrões internacionais.

terça-feira, 2 de julho de 2013

TCU aponta falhas nos controles internos de hospitais universitários.



Os controles internos dos Hospitais Universitários Federais (HUs) não asseguram a imprescindível segurança, economicidade e lisura na consecução de suas competências, com potencial prejuízo à proteção dos recursos, bens e ativos públicos contra o desperdício, a perda, o mau uso, o dano ou a apropriação indevida. Essa é a conclusão do Tribunal de Contas da União (TCU) na consolidação de 23 auditorias realizadas nessas entidades pelo país.

Os HUs são entidades públicas, vinculadas às universidades federais, subordinando-se diretamente a seus reitores. Segundo o portal do Ministério da Educação, a Secretaria de Educação Superior (Sesu) tem por competência, dentre outras, a manutenção, supervisão e desenvolvimento das instituições públicas federais de ensino superior (Ifes) e o estabelecimento de políticas de gestão para esses hospitais.

Em termos de gestão da área de licitações e contratos, os HUs adotam modelos distintos. A maioria deles utiliza modelo descentralizado, com todas suas aquisições, bem assim a gestão de seus contratos, realizadas diretamente, sem a intermediação da respectiva universidade. Outros têm gestão centralizada, com a universidade sendo responsável pelas contratações. E ainda há os que adotam modelo misto, com parte das contratações sendo gerenciadas pela universidade a que se vincula e parte administrada pelo próprio hospital. Em relação à auditoria interna, os hospitais universitários não possuem unidade própria e utilizam as mesmas das universidades federais.

Já em relação aos pontos estruturais, segundo o relatório, os aspectos que estão a vulnerabilizar o ambiente interno dos hospitais universitários são a precariedade das políticas e práticas de recursos humanos, com insuficiência de pessoal, a ausência de priorização de treinamento do efetivo e cultura organizacional de não se realizar avaliação de desempenho ou de promovê-la sem considerar o real desempenho do servidor; o estilo gerencial de pouco controle e as inadequações da estrutura organizacional.

“Em relação à política de recursos humanos, a carência de pessoal que assola os hospitais vem prejudicando sobremaneira o bom desempenho da área. A causa precípua alegada pelos gestores é a indefinição do governo federal quanto à realização de concursos públicos a eles destinados”, afirma o relator dos processos, ministro José Jorge.

Ao lado da insuficiência de pessoal, sobressai-se a deficiência, até mesmo ausência em muitos casos, de ações tendentes à capacitação do efetivo lotado nas áreas de licitação, contrato e recebimento de serviços, bem assim nas comissões de licitações (pregoeiros e membros da equipe de apoio), o que acarreta, no mínimo, a perpetuação de falhas nos processos de compra. Mais da metade dos hospitais universitários auditados (57%) encontra-se nessa situação segundo o TCU.

Também contribui para a situação a inexistência de sistema de avaliação de desempenho dos servidores, o que foi observado em 52% dos hospitais. “Observou-se ainda que, quando existente, está desacompanhado da adoção de medidas corretivas ou disciplinares para as hipóteses de baixo desempenho e de infração (21% das entidades e 30% dos processos administrativos disciplinares instaurados entre 2010 a 2011). Tal contexto propicia o descompromisso e o desinteresse do corpo funcional, resultando, inexoravelmente, em sentimento de impunidade na instituição, o que a relega à situação de enorme risco de práticas irregulares”, afirma o ministro relator.

O TCU também apontou que 74% dos hospitais universitários federais deixam de monitorar as atividades e o desempenho da área de licitações e contratos, o que impede a inibição de reais irregularidades e condutas reprováveis. Potencializando o resultado, detectou-se também a falta de cultura de responsabilidade em relação ao risco em 43% dos hospitais, evidenciada quer pela ausência de tratamento diferenciado para licitações de maior vulto ou que envolvam objetos não usuais, quer pela composição deficiente do setor de compras.

“Tal conjuntura culmina, invariavelmente, com ineficiência operacional (aumento de custos e perda de qualidade na prestação de serviços de saúde). E, também, ausência de definição clara das competências, atribuições e responsabilidades, detectada em 61% dos hospitais, e inadequação da estrutura organizacional (78% deles), com concentração de atividades em áreas sem condições materiais e/ou humanas para executá-las e má distribuição de atividades”, ressalta relatório.

Com efeito, o disciplinamento acerca do efetivo adequado de uma organização, com as responsabilidades e procedimentos claramente delineados, favorece o cumprimento de sua missão e o alcance de seus objetivos, bem como o gerenciamento dos riscos e a eficácia dos controles. Do contrário, além do prejuízo à celeridade dos processos licitatórios, com sobreposição de funções, execução inadequada e retrabalhos, a área fica suscetível a erros que podem, inclusive, resultar em dano ao erário.

O ministro José Jorge fez também algumas considerações a respeito dos pontos observados em relação à “integridade e valores éticos”, um dos elementos integrantes do ambiente interno. Constatou-se que, apesar de 96% dos hospitais adotarem o Código de Ética Profissional do Servidor Público, há ausência ou deficiência na efetiva gestão de ética em 78% deles. “Tal carência é representada, para os fins desta auditoria, pela ausência de criação formal de comissão de ética com condições de trabalho para assegurar o cumprimento de suas funções e de estabelecimento e divulgação de canais formais para recebimento de denúncias”, apontou. Embora 57% das entidades tenham criado formalmente suas comissões de ética, em 52% delas falta efetiva divulgação e promoção da ética; e em 35% não há canais para recebimento de denúncias.

Demonstram os dados que 87% dos hospitais não possuem código de ética próprio e, conforme entendeu a equipe de auditoria, uma vez que os HUs têm características peculiares, por desempenharem funções de educação e de fornecimento de serviço público de saúde. “Com efeito, há que se definir exatamente a conduta esperada, em termos de integridade e valores éticos, de todas as pessoas integrantes da instituição, motivo por que códigos de conduta devem ser formalizados e comunicados a toda organização. Da mesma maneira, ações disciplinares, para as não conformidades, devem ser estabelecidas, comunicadas e gerenciadas consistentemente. De outra forma, pode grassar o sentimento da impunidade”, explica o relatório.

Atividades de controle

As atividade de controle consistem em políticas e procedimentos adotados e de fato executados, para atuar sobre os riscos, de maneira a contribuir para que os objetivos da organização sejam alcançados dentro dos padrões estabelecidos. Elas incluem uma gama de controles preventivos e detectivos como a formalização de procedimentos, supervisão direta, segregação de funções, controles gerenciais e acompanhamento da atividade, revisões independentes, prevenção de fraudes e conluios, rotatividade de funções, procedimentos de autorização e aprovação e controle de acesso a recursos e registros.

A auditoria apontou que se ressentem os Hospitais Universitários de práticas e ações efetivas para prevenirem riscos e otimizarem o desempenho. “No que tange à formalização de procedimentos, ausência, em 61% dos hospitais, de normas ou manuais para a realização das principais atividades envolvidas nas licitações, sendo que 13%, apesar de os possuírem, mostraram-se deficientes ou pouco detalhados. As razões apontadas para o fato foram a cultura de realização das atividades conforme a tradição e poucas medidas gerenciais tendentes à elaboração dos manuais”, afirma o trabalho.

No tocante à supervisão direta, 70% dos hospitais não possuem sistemática de revisão dos trabalhos e em 57% não há comunicação clara das funções e responsabilidades aos servidores do setor. No Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago, da Universidade Federal de Santa Catarina, e no Hospital Universitário de Brasília, por exemplo, não há sequer definições claras acerca das competências da própria área de licitações e contratos, quanto mais das atribuições dos servidores.

Em relação à execução dos controles legais (conjunto de regras legais, normativas, e jurisprudenciais), várias irregularidades fragilizam a segurança das aquisições e contratações realizadas pelos HUs, possibilitando, dentre outros, a ocorrência de compras desvantajosas, prestação de serviço deficiente, pagamentos indevidos, fraudes e conluios. A mais frequente foi a ausência ou insuficiência de pesquisa de preço (41% dos processos licitatórios e 54% das contratações diretas), com casos extremos como o do Hospital Universitário Onofre Lopes, no Rio Grande do Norte, onde 94% dos pregões analisados não foram precedidos de pesquisa de preço.

Considerando-se conjuntamente as licitações e as compras diretas, em 24% dos processos verificou-se caracterização inadequada do objeto; em 69%, existência de pareceres técnicos e/ou jurídicos inadequados, inconsistentes ou incoerentes; em 34%, ausência de orçamento detalhado com a composição dos custos unitários; e, em 65%, ausência de estudos técnicos prévios aos projetos básicos. “Vulnerando a gestão de contratos nos HUs, detectou-se ausência de indicação de fiscal do contrato em 22% dos processos analisados e a inadequação ou insuficiência da fiscalização ou do acompanhamento em 38% dos casos”, expõe relatório.

A situação encontrada foi creditada, essencialmente, a dificuldades operacionais (ausência de manuais e normas que padronizem as atividades do setor; ausência de revisão das cotações e pesquisas de preços, inadequação do cadastro de fornecedores; mercado restrito de empresas especializadas na área de equipamentos hospitalares, gerando dificuldade na obtenção de cotações de preços; falta de interesse dos fornecedores de responder pedidos de cotação apenas para compor uma estimativa de preços para futura licitação) e à insuficiência de recursos humanos.

Além disso, falha substancial detectada na área auditada, demonstrando grave deficiência nos controles gerenciais das atividades, foi a ausência de planejamento e controle dos produtos e serviços contratados pelas entidades (45% dos hospitais visitados). Em 27%, não há controle do andamento dos contratos de serviços continuados e em 41% não há controle das aquisições feitas. Um dos efeitos indesejáveis decorrentes desse contexto é a ocorrência de contratações emergenciais. Do total de processos de dispensa de licitação analisado, 26% deles tiveram, como fatos geradores, a instauração intempestiva do procedimento licitatório e/ou a ausência de planejamento gerencial para a aquisição.

A auditoria constatou que em 41% dos hospitais não se realiza a análise dos licitantes; em 29% não se analisa as propostas e em 14% não se analisa as alterações contratuais. “A ausência dessas análises preventivas pode gerar inúmeros resultados nefastos, como a contratação direta indevida, contratação com empresa desqualificada tecnicamente, obtenção de objeto que não atende plenamente às características desejadas, não obtenção da proposta mais vantajosa, sobrepreço e superfaturamento, conluio de licitantes e fraude à licitação, algumas com grandes prejuízos ao erário. Faltam às instituições, além de normas e manuais que detalhem os procedimentos a serem adotados, treinamento específico dirigido à identificação de fraudes, conluios e demais ilícitos nas licitações e contratos”, ressalta o ministro relator.

Segundo José Jorge, lamentavelmente, a situação encontrada não inspira segurança no ambiente organizacional da área de licitações e contratos dos hospitais. “É importantíssimo, assim, que haja, por parte dos órgãos centrais competentes, bem assim dos próprios HUs e das universidades federais, a adoção de providências que permitam o zelo pela boa e regular gestão das aquisições e contratações, a fim de se evitar a ocorrência de eventuais esquemas danosos que atentem contra o interesse público.

Recomendações

Para diminuir as falhas, o TCU recomendou ao Ministério da Educação que fomente políticas de valorização da gestão de ética, no âmbito das universidades federais, bem assim dos hospitais universitários, destacando, no que couber a cada ente, a importância da divulgação interna do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, da criação formal de comissão de ética com condições de trabalho que assegurem o cumprimento de suas funções e documentação que registre seu funcionamento, e do estabelecimento e divulgação de canais formais para recebimento de denúncias.

Além disso, a Pasta deverá avaliar a pertinência e a conveniência da elaboração de um modelo básico de código de normas de conduta ética a ser adaptado, considerando as peculiaridades de cada hospital universitário, e implementado por essas unidades hospitalares e orientar as entidades sobre a necessidade da elaboração de normativos que estabeleçam claramente competências e atribuições das diversas áreas organizacionais e definam com precisão as responsabilidades dos servidores, empregados e colaboradores daquelas entidades.

O Tribunal determinou ainda que o MEC ressalte a relevância da definição, no que tange às unidades de auditoria interna das universidades federais, da lotação ideal do quadro de pessoal de forma a poderem desempenhar com efetividade as suas atribuições, considerando, se possível, a criação de subunidades dedicadas exclusivamente a determinadas unidades gestoras.

A Corte também apontou a necessidade de elaboração de normas ou manuais definindo os procedimentos a serem adotados na execução das principais atividades relacionadas às áreas de compras, licitações e contratos, com especial destaque para os procedimentos que devem ser executados. Os itens que devem ser verificados são a previsão de identificação dos responsáveis pela execução, revisão e supervisão dos procedimentos, e, a rotina de análise crítica dos licitantes, das propostas e das alterações contratuais, bem como procedimentos destinados a verificar sistematicamente a possibilidade de ocorrências que possam comprometer o caráter competitivo dos certames licitatórios, a exemplo de relacionamentos inadequados entre concorrentes.

Fonte: Portal Contas Abertas