O Conselho Nacional de Controle Interno (Conaci) promoveu no dia 4/8, o webinar “Atualização do Modelo de 3 linhas: Performance, Controle e Governança”. O evento contou com a participação, como convidado palestrante, de Eduardo Person Pardini, sócio principal, responsável pelos projetos de governança, gestão de riscos, controles internos e auditoria interna da Crossover Consulting & Auditing e diretor executivo do Internal Control Institute - Chapter Brasil e do coordenador-geral de Métodos, Capacitação e Qualidade (CGMEQ) da Controladoria-Geral da União, CGU, Sergio Filgueiras. Eles fizeram a comparação entre o antigo e atual modelo, além de responderem às dúvidas dos mais de 2 mil espectadores do evento.
Leonardo Ferraz, presidente do Conaci, abriu o webinar falando da importância do tema para o Controle Interno no Brasil. “Hoje, nós trazemos para vocês as principais novidades em relação a esse novo modelo, e esperamos que durante esta tarde a gente possa ter um evento bastante profícuo”. Além disso, agradeceu a todos os parceiros que divulgaram o evento e contribuiram para levar informação de qualidade aos servidores da área.
O moderador, Sergio Filgueiras, ressaltou que o objetivo do modelo de três linhas é demonstrar a estrutura de controle Interno como um todo, comunicando papéis e responsabilidades de auditores e gestores. Sua implementação contribui para a melhoria da eficiência e da eficácia das organizações, públicas e privadas. “O modelo das três linhas demonstra a finalidade do controle de uma forma muito didática, simples e objetiva. Ele é formado por pelo menos 3 instâncias que atuam para o objetivo real do controle interno que é mitigar riscos e melhorar a gestão”, explanou Filgueiras.
Pardini iniciou sua apresentação demonstrando que a ideia central da palestra seria compreender as principais alterações e suas aplicabilidades. Ele revisou o modelo anterior para que todos pudessem entender o que foi modificado. Em uma projeção evidenciou o que era apresentado em cada linha de defesa anteriormente e argumentou que as alterações se deram por alguns aspectos que serão ressaltados a seguir no texto. “Essas mudanças trouxeram uma maior transparência para que nós possamos de uma maneira muito objetiva entender o papel de cada um desses players que estão dentro desse processo”, relatou o professor.
Argumentos e mudanças
Argumentos para revisão como: o tempo de existência; responsabilidade dos agentes de governança não eram claros; linhas muitos distintas não capturavam compartilhamento de responsabilidades; pouca ênfase sobre gestão de riscos como atividade da 1ª linha; foram mostrados durante a palestra.
Mudanças observadas pelo professor em seus estudos: boa governança encoraja ações proativas para alcançar objetivos; ênfase no gerenciamento de riscos responsabilidade da gestão; 2ª linha como suporte especializado para 1ª linha; fortalece a independência da Auditoria Interna; acomoda o tema “consultoria” para auditoria, princípio 6 – criação e proteção de valor para todas as linhas.
Interação com o público
O evento, que teve mais de 6 mil visualizações, contou com um momento para os participantes tirarem suas dúvidas. Os questionamentos apresentados pelo público foram esclarecidos por Pardini e, também, comentados por Sérgio. Dúvidas como o trabalho do compliance nas três linhas, a governança corporativa, prestação de contas, entre outras, surgiram no chat, durante as apresentações. Em uma delas, Eduardo mencionou que “a governança corporativa trabalha com quatro pilares: transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade social e corporativa”.
Além disso, lembrou que o compliance é uma atitude que todo servidor deve ter diante do seu trabalho, e que, por isso, está na segunda linha de defesa que apoia a gestão. Houve questionamentos sobre diferentes áreas da administração pública e seu papel diante do modelo. Um deles foi sobre a atuação da auditoria interna, em que Eduardo respondeu “a auditoria interna dará apoio à 2ª linha, mas o foco dela é a 1ª linha, porque a responsabilidade do gerenciamento de risco e a responsabilidade por ter um sistema de controles internos é do gestor, não é da 2ª linha”.
Ideia
A questão dos gestores e auditores serem independentes, mas não isolados foi um dos principais pontos mencionados por ambos os convidados. É possível perceber que para que as três linhas funcione e seja eficiente, os responsáveis precisam compreender o modelo e se apoiarem mutuamente.
Devido ao grande número de participantes, e a preocupação do Conselho em cumprir com o tempo previsto para as atividades da capacitação, não foi possível responder a todos os questionamentos levantados pelo público. Por isso, a TV Conaci convidou os integrantes do webinar para duas entrevistas inéditas sobre a pauta. Inscreva-se em nosso canal, ative as notificações e não perca!
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Atualização do modelo
Confira abaixo o documento de atualização do modelo e a publicação mencionada por Sérgio Filgueiras no início da apresentação.
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Fonte: CONACI - Conselho Nacional de Controle Interno
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