O Instituto Rui Barbosa (IRB) realizou, em 18 e 19 de fevereiro, a segunda edição do Fórum Nacional de Auditoria. O evento, que tem por objetivo capacitar os servidores dos Tribunais de Contas de todo o Brasil na utilização das Normas Brasileiras de Auditoria do Setor Público (NBASP), foi realizado no Tribunal de Contas do Estado do Pará.
As NBASP alinham-se às normas internacionais de auditoria, elaboradas pela Organização Internacional das Entidades Fiscalizadoras Superiores (Intosai), com as adaptações necessárias ao marco normativo brasileiro. Adotados os padrões internacionais de auditoria, são promovidos a integração entre os tribunais e o fortalecimento institucional das Cortes de Contas do Brasil.
Na abertura do encontro, o presidente do IRB, conselheiro Ivan Lelis Bonilha, enfatizou a importância de os Tribunais de Contas estarem em dia com suas práticas técnicas, sendo que um trabalho de auditoria de qualidade traz impactos diretos à reputação dos Tribunais. “Pelo IRB, temos estabelecido uma rotina de integração completa com nossas associações corporativas. Há um regime de confiança em nossas instituições e entendo que esse é o caminho. No momento em que discutimos questões medulares para o Estado brasileiro, como Previdência, precisamos estar atualizados quanto às nossas práticas”, assinala.
Na ocasião, o auditor Jorge de Carvalho apresentou a experiência do TCMSP na utilização da NBASP 200 – Princípios Fundamentais de Auditoria Financeira, em processo de adoção na Corte de Contas Paulistana. O auditor destacou que, em um momento de tantas cobranças que pairam sobre a efetividade do sistema Tribunal de Contas no Brasil, a melhor resposta a ser dada é apresentar trabalhos dotados de qualidade e relevância. “Em cenários como este que enfrentamos atualmente, creio ser pertinente invocarmos um pensamento que diz: Fina é a ostra, que quando incomodada pela areia reage produzindo pérolas”.
Jorge de Carvalho demonstrou como o TCMSP se organiza estrutural e operacionalmente para realizar auditorias financeiras. Expôs que a sistemática de trabalho na Coordenadoria I da Subsecretaria de Fiscalização e Controle (SFC) possibilita o levantamento de achados ainda no curso do ano analisado, o que viabiliza ajustes e correções tempestivas pelos jurisdicionados, aumentando o grau de confiança nas demonstrações financeiras, objetivo primordial das auditorias realizadas sob tal contexto.
Na sequência, demonstrou uma série de procedimentos executados nos trabalhos de auditoria financeira, desde o planejamento até a confecção do relatório, passando pelas matrizes de planejamento, de achados, aplicação das técnicas de auditoria e pelos papéis de trabalho. A participação da plateia foi significativa durante a explanação, sinalizando o interesse dos participantes do evento nos métodos praticados pelo TCMSP.
Fonte: TCMSP - Tribunal de Contas do Município de São Paulo
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