terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Brasil cai, de novo, em ranking da percepção da corrupção.


De 2015 para 2016, o Brasil caiu mais três posições no índice de Transparência da Corrupção, produzido pela Transparência Internacional. É o segundo ano consecutivo que o país perde posições no ranking. A TI é uma organização da sociedade civil que trabalha mundialmente com o combate à corrupção.
 
Agora o Brasil ocupa a posição 79 dentre 176 países em ranking. No ano passado, o Brasil caiu sete posições no índice em relação ao ano anterior, e ocupou o 76° lugar entre 168 países analisados pela organização não governamental. O índice é produzido desde 1995.
 
O ranking leva em consideração a percepção que a população tem sobre a corrupção entre servidores públicos e políticos. Quanto melhor um país está situado no ranking, menor é a percepção da corrupção por seus cidadãos. A pontuação do ranking vai de 0 (extremamente corrupto) a 100 (menor percepção de corrupção).
 
A 79ª colocação do Brasil é compartilhada com outros três países. “A turma do Brasil” ainda é composta por Belarus, China e Índia. A nota do Brasil, no entanto, subiu de 38 pontos em 2015 para 40 pontos em 2016. Cabe ressaltar que mais países foram incluídos no índice do ano passado.
 
A pontuação brasileira está abaixo da média global do índice: de 43 pontos. Para a Transparência Internacional a baixa pontuação indica corrupção endêmica no setor público de um país.
 
“Os países com maior pontuação são superados em número por países de média e baixa pontuação, onde os cidadãos enfrentam diariamente o impacto tangível da corrupção”, destaca a entidade.
 
A Transparência Internacional lembra que nenhum país se aproxima de uma pontuação perfeita no Índice de Percepção de Corrupção de 2016. Outro ponto destacado pela entidade é que mais países decresceram do que melhoraram nos resultados deste ano, mostrando a necessidade urgente de ações comprometidas para frustrar a corrupção.
 
A entidade também lembra que os resultados de 2016 mostram a conexão entre corrupção e desigualdade, que se alimentam uma da outra para criar um círculo vicioso entre a corrupção, a distribuição desigual do poder na sociedade e a distribuição desigual da riqueza.
 
“Em muitos países, as pessoas são privadas de suas necessidades mais básicas e vão para a cama com fome todas as noites por causa da corrupção, enquanto os poderosos e corruptos desfrutam de esplêndido estilo de vida com impunidade”, disse José Ugaz, Presidente da Transparência Internacional.
 
Melhores e piores
 
Os países que lideram o ranking da corrupção são Dinamarca e Nova Zelândia, com índice de transparência de 90. Entre os cinco países mais bem avaliados também estão Finlândia (com 89 pontos), Suécia (com 88) e Suíça (com 86 pontos).
 
A entidade destaca que, embora nenhum país esteja livre de corrupção, os países mais bem avaliados no ranking "compartilham características de governo aberto, liberdade de imprensa, liberdades civis e sistemas judiciais independentes".
 
De acordo com o ranking da Transparência Internacional, a Somália, com 10 pontos no ranking, é o país com maior percepção de corrupção dentre as nações analisadas. O país africano ocupa a última posição no ranking pelo décimo ano consecutivo.
 
Fonte: Organização Contas Abertas (www.contasabertas.com.br)

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