Relatório confirma que há irregularidades nas filas para atendimento administradas pelo Sisreg
RIO - A fila para o atendimento de saúde no município do Rio, administrada pelo Sistema de Regulação (Sisreg), está sob duras críticas. Problemas sérios foram apontados em um relatório do Tribunal de Contas do Município que cruzou dados da plataforma em maio e junho de 2017.
O exemplo mais gritante de que os trâmites oficiais vêm sendo burlados é o da Policlínica Guilherme da Silveira, em Bangu. O TCM observou que, enquanto o Sisreg registrava que havia 3.261 agendamentos para a unidade, em junho, a própria policlínica apresentou, no mesmo mês, documento atestando uma produção ambulatorial de 4.363 procedimentos. O trabalho dos técnicos consistiu em confrontar, num mesmo período, a lista do Sisreg com as das unidades de saúde, para verificar se havia incompatibilidades.
A fila da saúde está no centro de uma crise. O prefeito Marcelo Crivella enfrenta pedidos de impeachment desde que O GLOBO noticiou uma reunião dele com pastores evangélicos, no Palácio da Cidade, em Botafogo. A fila oficial em si já é um desafio, e não para de crescer. Ainda segundo o relatório do TCM, em 2012 havia 157.214 pessoas à espera de atendimento na rede municipal. Essa fila diminuiu em 2015 para 100.043 pessoas. Em junho de 2017, atingiu a marca de 181.274 pessoas. Um mês depois, saltou para 192.648 pessoas, alta de 92% em relação a 2015.
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