Por falta de caixa, mais de 70% das 853 Prefeituras mineiras não vão conseguir arcar com o 13º salário dos funcionários, segundo levantamento da Associação Mineira de Municípios (AMM). Os gestores municipais apresentaram essa realidade ao vice-presidente da Câmara dos Deputados, Fábio Ramalho (PMDB-MG), e a outros parlamentares da bancada federal. A informação ganhou destaque no jornal Hoje em Dia nesta terça-feira, 7 de novembro.
Com o título Mais de 70% dos Municípios mineiros não têm recursos para pagar o 13º, o texto reproduz a reivindicação dos gestores municipais de Auxílio Financeiro aos Municípios (AFM), no valor de R$ 4 bilhões, para viabilizar o fechamento das contas, pleiteado pelos deputados federais junto ao presidente da República, Michel Temer. Também sinaliza que a equipe econômica do governo ainda fará um levantamento para saber se há dinheiro disponível.
“A equipe econômica manda no governo. Vamos levar os números à União, mas não podemos garantir que a verba saia porque não sabemos se ela existe”, disse Ramalho, durante evento de prefeitos promovida pela AMM, com apoio da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Na avaliação do presidente da Associação, Julvan Lacerda, os gestores novatos terão mais problemas no fechamento do caixa. “Houve troca de 70% dos prefeitos. Quem conseguiu a reeleição preparou melhor o caixa. Porém, quem entrou agora teve mais problemas”, afirmou.
Medidas
O jornal ouviu diversos prefeitos que relatam medidas comuns como dispensa de servidores, enxugamento da máquina pública e cancelamento de contratos. Mesmo assim, eles mostram que, por conta da retração econômica, não conseguiram fechar as contas. De acordo com os representantes do Executivo municipal, não há nenhuma condição de cumprir com as obrigações financeiras. Situação que piora nas cidades menores, em que boa parte da população trabalha nos órgãos municipais, ou prestam serviços para empresas fornecedoras, há previsão de reflexo em toda a economia.
Os problemas relatados pelo Hoje em Dia não são exclusivos dos mineiros, gestores municipais de todo o país estão na mesma situação. Para mostrar isso ao poder público federal, a CNM e as entidades municipalistas se reunião em Brasília, dia 22 de novembro, em grande mobilização nacional.
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Fonte: CNM - Confederação Nacional de Municípios
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