Operação Desmascarados investiga possíveis irregularidades em compras de medicamentos e EPIs realizadas pelo Hospital Universitário Gafreé Guinle
A Controladoria-Geral da União (CGU) participa, nesta quarta-feira (10), da Operação Desmascarados. O trabalho é realizado em parceria com a Polícia Federal (PF). O objetivo é combater desvios de recursos públicos na área da saúde praticados no Hospital Universitário Gafreé Guinle (HUGG), na Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RJ).
Investigação
A investigação teve origem em auditoria, na qual se verificou situações irregulares de sociedades empresárias com vistas a auferir proveitos indevidos no HUGG.
A partir de levantamentos realizados pela CGU, foram constatadas empresas sem funcionário registrado na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), montagem do processo de compra, existência de ligação entre os sócios das empresas participantes da dispensa, dentre outros indícios de situações indevidas dentro do processo de aquisição.
Os fatos apurados indicam a ocorrência de dispensa fraudulenta de licitação de empresas fornecedoras de medicamentos, equipamentos de proteção individual (EPIs) e outros insumos para o combate à pandemia da Covid-19, com sobrepreço e superfaturamento que somam cerca de R$ 1 milhão.
Impacto social
O Governo do Estado do Rio de Janeiro recebeu R$ 1.870.855.788,62 repassados pelo SUS em 2020, especificamente para ação de prevenção e combate à Covid-19.
O Hospital Universitário Grafreé Guinle tem a função de gerir os recursos públicos em prol do interesse social de toda população. O sobrepreço/superfaturamento detectado impossibilitaria que a Unidade adquirisse mais insumos, materiais e equipamentos necessários no atendimento à população que tanto carece de bons serviços na saúde pública. O desvio dos recursos públicos, em plena pandemia do coronavírus, torna esse crime ainda mais grave.
Diligências
A Operação Desmascarados consiste no cumprimento de 5 mandados de busca e apreensão em endereços dos envolvidos. Os trabalhos ocorrem na região metropolitana do Rio de Janeiro (RJ) e contam com a participação de 8 auditores da CGU e de 22 policiais federais.
A CGU, por meio da Ouvidoria-Geral da União (OGU), mantém o canal Fala.BR para o recebimento de denúncias. Quem tiver informações sobre esta operação ou sobre quaisquer outras irregularidades, pode enviá-las por meio de formulário eletrônico. A denúncia pode ser anônima, para isso, basta escolher a opção “Não identificado”.
Fonte: CGU (Controladoria-Geral da União)
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