Os auditores de controle externo do TCMSP Jorge de Carvalho e Gustavo Ripper discorreram sobre as modificações implementadas pela Coordenadoria I na fiscalização financeira das contas de 2022 da Prefeitura paulistana. Uma das oito unidades vinculadas à Subsecretaria de Controle Externo, a C-I é responsável pela análise dos balanços da PMSP, Câmara Municipal, TCMSP e Administração Indireta. O encontro online, realizado na quinta-feira (20/7), marca a sexta edição do Programa Tardes de Conhecimento, iniciativa da AudTCMSP.
O auditor Jorge de Carvalho fez a apresentação inicial e contextualização do tema, abordando o dever legal dos administradores públicos de prestar contas, e a correspondente missão dos Tribunais de Contas de exercerem o controle externo desses recursos. Ressaltou a complexidade de fiscalizar o orçamento do Município de São Paulo pela sua magnitude, o quinto maior do país. Em relação à auditoria financeira no setor público, salientou que o seu papel é aprimorar o processo de levantamento dos balanços dos governos e a consequente evidenciação das contas públicas.
Supervisor da C-I, Gustavo Ripper falou sobre as mudanças de metodologia implantadas a partir da análise das contas de 2022. Divididas anteriormente por temas ou contas contábeis, as análises eram feitas de forma isolada pelos auditores. Com os novos procedimentos a auditoria foi unificada.
Entre as vantagens proporcionadas pelo novo método, citou a economia processual em todas as fases, racionalização da documentação solicitada à Prefeitura, análise uniforme dos temas e o ganho em sinergia com o trabalho unificado.
Ripper apresentou, ainda, o cronograma de fiscalização das contas da prefeitura. Previsto para ocorrer entre os meses de agosto de 2022 e março de 2023, o processo de fiscalização foi dividido em três etapas: planejamento, execução e relatório. Ele abordou detalhadamente a fase do planejamento, já que esta abrangeu as maiores transformações com a adoção da auditoria única. As outras duas etapas foram abordadas pelo auditor Jorge de Carvalho.
O novo método, segundo os auditores, permitiu um maior aprofundamento do conhecimento dos riscos de distorções relevantes nas contas municipais, com o levantamento de 82 ameaças à adequada representação financeira governamental. Após análise desses riscos, foram formuladas 56 questões de fiscalização documentadas em uma matriz de planejamento, que possibilitou identificar 71 achados de auditoria, após aplicação dos testes na fase de execução. A comunicação tempestiva de parte desses achados possibilitou a correção de distorções da ordem de R$ 7,4 bilhões pela Prefeitura, contribuindo para a melhoria dos balanços antes da sua publicação definitiva.
Na parte final do evento, mediado pela auditora de controle externo Karen Freire, os participantes responderam as perguntas formuladas pelo público que acompanhou o encontro pelo canal da EGC no YouTube.
O Programa Tardes de Conhecimento é promovido pela Associação dos Auditores de Controle Externo do Tribunal de Contas do Município de SP (AudTCMSP), em parceria com a Escola de Gestão e Contas (EGC), com o objetivo de difundir as melhores práticas de auditoria.
Acesse aqui a íntegra do evento
Fonte: TCMSP - Tribunal de Contas do Município de São Paulo
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