No âmbito dos Tribunais de Contas, que lidam com informações financeiras dos estados e municípios, a estatística é uma ciência fundamental para que os auditores entendam o comportamento das despesas públicas e da arrecadação a fim de traçar melhores estratégias de controle das contas públicas. A reflexão foi um dos principais pontos do minicurso "Técnicas estatísticas para definição e seleção de amostras para auditoria", ministrado durante o Fórum Nacional de Auditoria, no dia 06/11, pelo economista Albert Venson, professor do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Londrina e doutorando em Desenvolvimento Econômico pela Universidade Federal do Paraná.
Na avaliação do professor, os profissionais que lidam com bancos de dados nos quais há uma grande quantidade de informações necessitam ter noção de técnicas estatísticas para saberem lidar com os dados e deles extrair informações. Na avaliação de Albert Venson, na maior parte das vezes, a análise descritiva já traz uma grande compreensão das informações com as quais os profissionais de auditoria têm de lidar. O especialista disse ainda que o minicurso visa não apenas dar noções de estatística, mas também de inferência.
“Uma vez que temos ideias prévias sobre o comportamento dos dados, é importante conhecer métodos de testá-los para checar se esses comportamentos médios se verificam. Com técnicas estatísticas, é possível prever comportamentos de variáveis, comportamentos dos gastos, traçar um panorama geral da situação desses dados. Por exemplo, nós temos que entender qual o comportamento do gasto médio com pessoal nos estados para traçar políticas que visem um melhor controle sobre esses gastos. No contexto atual, isso é muito importante para o controle das contas públicas”, ressaltou Albert Venson.
Ainda sobre o mesmo tema, o gerente de Políticas Públicas do Instituto Rui Barbosa, Nelson Granato, avaliou que o minicurso foi importante para a apresentação de elementos fundamentais de estatística para os auditores. Ele afirmou que se trata de um conhecimento necessário para profissionalização do trabalho, "para começarmos a colocar no papel os riscos que estão ocorrendo quando se constrói uma amostra de auditoria". Nelson Granato avaliou ainda que, assim como o objeto, os critérios de auditoria e um objetivo muito bem definido são a chave para atingir o sucesso, e a utilização das técnicas de estatísticas aumentaria ainda mais a probabilidade de efetuar um trabalho bem-sucedido.
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Fonte: TCE-BA (Tribunal de Contas do Estado da Bahia)
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