Operação Mark Up foi deflagrada ontem (17), pela Polícia Federal. Até o momento, prejuízo apurado é de R$ 1,2 milhão
A Operação Mark Up, deflagrada na quinta-feira (17) pela Polícia Federal (PF), com apoio do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), apura fraudes no agenciamento de passagens aéreas para órgãos públicos federais. A operação teve início a partir de fiscalização da CGU, que constatou falsificações e superfaturamento na venda de passagens ao Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT).
De acordo com as investigações, para ganhar a licitação, uma empresa de turismo ofereceu o serviço a preço irrisório (R$ 0,0001) alegando que conseguiria obter lucro em função de acordos comerciais com as companhias aéreas. Contratada, passou a adulterar os bilhetes, superfaturando os preços. A CGU verificou ainda a participação de uma segunda empresa, ligada ao mesmo grupo societário, em esquema semelhante contra outros órgãos federais.
Até o momento, o prejuízo aos cofres públicos apurado pela CGU é de R$ 1,2 milhão, podendo chegar a cerca de R$ 8 milhões. A partir da deflagração da operação, no município de Chapecó (SC), cidade sede das empresas investigadas, será possível determinar quais outros estados da federação foram atingidos pelo esquema criminoso. Estão sendo cumpridos sete mandados de busca e apreensão em empresas e residências dos investigados.
Por ordem da 7ª Vara Criminal da Justiça Federal do Mato Grosso, além dos mandados de busca e apreensão, foram determinados bloqueios de valores em contas bancárias e restrições em imóveis e veículos registrados em nome das empresas investigadas e seus representantes.
Mark Up é um termo usado em economia para indicar margem de lucro. O nome da operação foi adotado em alusão ao superfaturamento de passagens aéreas, em que são embutidos valores nas reservas, de forma fraudulenta, sem que o ente público tenha conhecimento do valor correto praticado pelas companhias aéreas.
Fonte: Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União
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